Da Redação
Em reunião realizada na última sexta-feira (19) com a presença de 130 conselheiros e dirigentes de todas as regiões do Estado, o Conselho Geral do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) aprovou por unanimidade a posição de defesa do fechamento total das escolas estaduais durante a pandemia do novo coronavírus.
Apesar de as aulas presenciais estarem suspensas desde março, direções, funcionários, professores, pais e estudantes estão comparecendo às escolas desde junho para receber ou entregar materiais e em cumprimento de demandas da Secretaria de Educação e de suas Coordenadorias Regionais.
Para defender o fechamento total das escolas, o Cpers destaca que, na semana passada, veio à tona a informação de que a diretora do Colégio Estadual Protásio Alves, Eliana Flores, contraiu covid-19. Viralizou entre educadores estaduais um áudio em que Eliana acusa a 1ª Coordenadoria Regional de Educação (1ª CRE) de abafar o caso, não responder às solicitações de higienização e continuar enviando tarefas à escola, localizada na região central de Porto Alegre.
Para o Cpers, o resultado da manutenção das escolas abertas é a disseminação do contágio entre trabalhadores que atendem centenas de milhares de estudantes gaúchos. “Não podemos permitir essa exposição gratuita ao vírus. Não é uma questão de defender somente as nossas vidas, mas as de todos os gaúchos”, afirmou a presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer.
O Cpers questiona ainda a falta de protocolos claros, de treinamento, de EPIs e mesmo recursos para adquirir materiais de proteção e limpeza para o enfrentamento da pandemia.