Samir Oliveira
O governo Tarso Genro (PT) enviou, na tarde desta sexta-feira (21), as respostas aos 14 pedidos de informação que haviam sido solicitados pela equipe de transição do governador eleito José Ivo Sartori (PMDB). Na segunda-feira (24), as cúpulas políticas das duas equipes irão se reunir pela segunda vez, às 14h30min, no Palácio Piratini.
Os questionamentos feitos pela equipe de Sartori solicitavam informações a respeito da situação econômica e financeira do estado. As respostas foram buscadas pessoalmente por Carlos Búrigo, coordenador da equipe de transição do peemedebista e uma das pessoas mais próximas do governador eleito.
As informações foram repassadas na tarde desta sexta-feira aos técnicos da equipe do PMDB, que deverão fazer um resumo sintético dos dados e apresentá-lo ao núcleo político da transição. “Entre hoje e amanhã poderemos montar um relatório explicativo para o governador”, avisa o porta-voz da equipe de Sartori, o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB).
Fogaça explica que, a partir dos estudos elaborados pelos técnicos, é possível que surjam novos pedidos de informações dirigidos ao atual governo – não necessariamente vinculados à situação financeira do estado. Ele considera que o processo de transição está andando num bom ritmo e aponta que eventuais demoras estão relacionadas ao intenso diálogo que precisa ser feito com todas as forças políticas do novo governo.
“A transição não está andando a passos lentos, está num ritmo que é um ritmo próprio de um governo que resulta de uma coligação muito ampla. A coligação original já era constituída de vários partidos e agora se incorpora com outros partidos que já estão integrando os grupos de trabalho”, justifica.
Ao todo, a equipe de Sartori já criou 14 grupos de trabalho para estudar as áreas do estado. No dia 10 de dezembro, os técnicos farão um seminário junto ao grupo político da transição para destrinchar as informações, que deverão ser repassadas ao governador eleito no dia 15.
Coordenador da equipe de transição de Tarso Genro, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana (PT), disse que o governo não teve dificuldades em responder aos questionamentos dos peemedebistas. “Foram informações que, de um modo geral, já são de conhecimento público, não tinha uma grande novidade”, afirma.
Ele evita opinar sobre o ritmo do processo de transição e entende que o ritmo dos trabalhos deve ser definido pelo novo governo. “Cabe ao governo que está assumindo dar o ritmo que achar necessário. Tem sido uma transição bastante tranquila, com o ritmo dado pela equipe do futuro governo”, resume.
