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7 de outubro de 2014
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21:44

PT e PMDB disputam apoios para o segundo turno no Rio Grande do Sul

Por
Sul 21
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 | Fotos: Ramiro Furquim/Sul21
Tarso (E) e Sartori (D) disputam apoios de partidos que não chegaram ao segundo turno | Fotos: Ramiro Furquim/Sul21

Débora Fogliatto e Jaqueline Silveira

Os dois candidatos que disputam o segundo turno nas eleições ao governo do Rio Grande do Sul tentam conseguir o apoio do quarto colocado no primeiro turno, o PDT. Enquanto o PT do atual governador Tarso Genro lembra que o partido fez parte da atual gestão até 2013, a Executiva do PDT sinalizou apoio ao candidato José Ivo Sartori, do PMDB.

O PT e partidos da coligação Unidade Popular pelo Rio Grande vão se reunir com o PDT às 17h desta terça-feira (7). “Vamos expor publicamente nossa opinião de trazer eles para nossa base aliada, a partir da experiência que tivemos no governo com eles aqui até o ano passado”, explicou o presidente do PT gaúcho Ary Vanazzi. O partido também pretende se reunir com o PRB, embora o partido faça parte da coligação Esperança que Une o Rio Grande, que anunciou apoio a Sartori.

Além disso, o plano da coligação que apoia Tarso Genro para a campanha do segundo turno é contrastar o que foi feito durante a atual gestão com o projeto do PMDB. “Vamos fazer esse embate de projetos, de conteúdos, porque nesse contraste sabemos que o povo gaúcho vai poder fazer uma boa leitura e optar pela continuidade do nosso governo, que tirou o estado da estagnação, porque antes não crescia, não tinha relação com o governo federal, e hoje está num outro patamar”, observou Vanazzi.

Ele lembrou que o PMDB já governou o estado durante as gestões de Antônio Britto (1995-1998) e Germano Rigotto (2003-2007). Além disso, o PT também pretende dialogar “mais próximo com a população, fazer movimentos de mobilização e apresentar para a sociedade ações do nosso governo”, segundo Vanazzi. Os deputados recém-eleitos e não eleitos do partido também irão dar gás à campanha, atuando em suas regiões, lembra o dirigente.

Da mesma forma, também o PMDB pretende mobilizar seus “vereadores, prefeitos, vice-prefeitos e deputados” para garantir a eleição de Sartori, de acordo com o coordenador-geral da campanha, o vice-prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo. “Vamos fazer campanha de rua, usar nosso espaço nas rádios, televisão, fazer debate. Sempre fazemos debate, mas não podemos passar a campanha inteira só nos debates e não sobrar tempo para fazer campanha”, disse.

No final da tarde desta segunda-feira (6), o PMDB dialogou com os partidos que deram sustentação para sua coligação no primeiro turno. Melo afirmou que o dia seguinte ao primeiro turno foi “intenso de reuniões”.  Na quarta-feira (8), às 10h, o partido irá se reunir com o PDT, com quem já está dialogando, assim como com outros partidos que Melo preferiu não citar por ainda não ter uma resposta concreta.

PDT dividido

Integrantes da Executiva Estadual se reuniram na tarde desta segunda-feira e deliberam apoio a Satori, mas decisão tem passar pelo diretório|Assessoria de imprensa/PDT
Integrantes da Executiva Estadual deliberaram apoio a Satori, mas decisão tem passar pelo diretório | Assessoria de imprensa/PDT

Em reunião realizada nesta segunda-feira (6), a Executiva do PDT sinalizou apoio a Sartori, mas políticos conhecidos do partido já demonstraram posição contrária. O presidente do partido no Rio Grande do Sul, Pompeu de Mattos, disse que a decisão será tomada na reunião do diretório estadual, na noite desta quarta-feira (8). “Ainda não temos decisão, na verdade existe um indicativo para o Sartori, a Executiva sinalizou isso”, explicou. Cerca de 200 filiados estão aptos a votar na reunião.

O ex-secretário da Saúde do governo Tarso, o deputado estadual reeleito pelo PDT Ciro Simoni defende a liberação dos trabalhistas, uma vez que há no partido integrantes que querem apoiar Sartori e trabalhistas que desejam se engajar na campanha do petista. “Temos de liberar os companheiros para não dar problema. Não podemos rachar agora”, argumentou, acrescentando que anunciará sua posição pessoal depois da reunião do diretório.

Já o secretário do Gabinete dos Prefeitos da administração petista até 2012 e agora deputado federal eleito, Afonso Motta, tem posição diferente de Ciro. Ele defende que o PDT se posicione a favor de um dos candidatos. Embora não tenho manifestado oficialmente sua posição, Motta é defensor da candidatura de Tarso.

Da mesma forma, o ex-governador Alceu Collares, liderança histórica do PDT, já garantiu apoio a Tarso. O atual governador afirmou que “os prefeitos estão liberados para conversar com a Unidade Popular”, independentemente da posição oficial do partido.


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