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17 de julho de 2014
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17:37

Cúpula dos Brics resulta em negócio de US$ 2,8 bi entre Brasil-China

Por
Sul 21
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Visita do presidente da China também tratou de assinatura de
Visita do presidente da China também tratou de assinatura de 32 atos de cooperação bilaterais| Foto: Roberto Stuckert Filho/Palácio do Planalto

Brasil 247 e Blog do Planalto

A cúpula dos Brics resultou num ganho comercial de peso para o Brasil. A brasileira Embraer fechou a venda de 60 jatos comerciais E 190 para a China. Outros 31 acordos de cooperação comercial entre os dois países foram assinados. Entre estes, o Eximbank chinês ampliou para US$ 5 bilhões a linha de crédito já existente na instituição para a mineradora Vale.

O valor do negócio da Embraer é estimado em US$ 2,8 bilhões de dólares, em razão de cada avião ter preço listado de US$ 47 milhões. A companhia aérea Tiajin Airlines encomendou 40 aeronaves, enquanto o Banco Industrial e Comercial da China solicitou outros 20.

O presidente chinês Xi Jinping iniciou com um encontro com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, hoje pela manhã, visita oficial de dois dias ao País. Ocorre em seguida à 6ª reunião da cúpula dos Brics, onde foi anunciada a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, com capital de US$ 50 bilhões, e de um fundo comum de reservas de US$ 100 bilhões entre os cinco sócios do grupo.

Além dos ganhos comerciais, o Brasil sai fortalecido dessa maratona diplomática que também envolveu, na segunda-feira (14), um encontro entre Dilma e o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A diplomacia brasileira foi reconhecida como a principal patrocinadora da aproximação entre os Brics e os países latino-americanos que compõem a Unasul.

Investimentos e comércio bilateral

Durante a assinatura de 32 atos de cooperação, a presidenta lembrou que a China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009, passando de US$ 3 bilhões para quase US$ 90 bilhões em 2013. O volume deve crescer ainda mais com o levantamento do embargo e disposição de compra de carne bovina para a China. Dilma afirmou ainda que a relação bilateral ganha força com as indústrias chinesas que serão instaladas no país.

“No setor industrial, a relação bilateral sai fortalecida com os anúncios de investimentos significativos para a fábrica de maquinário para construção civil, pela Sany, no valor de US$ 300 milhões, e a instalação da montadora Chery, no valor de US$ 400 milhões, ambas em Jacareí. Cada uma gerará mil novos postos de trabalho. Identificamos, ainda, amplas oportunidades de cooperação no setor do agronegócio”, explicou.

A presidenta destacou ainda a necessidade de diversificar e agregar valor às exportações e investimentos brasileiros. Ela citou como exemplo importante a venda de 60 aeronaves da Embraer às empresas chinesas Tianjin Airlines e ICBC Leasing.

Os 32 atos assinados na cerimônia desta quinta-feira (17) abrangem áreas de transporte, energia, infraestrutura, tecnologia, comércio e educação. Dentre vários tópicos, os acordos falam sobre facilitação de vistos de negócios, cooperação na área de Defesa, Aviação Civil, cooperação industrial, além da ampliação da presença de estudantes brasileiros na China por meio do Ciência sem Fronteiras, do aprendizado do mandarim no Brasil, e do lançamento de um serviço chinês para buscas na internet.

 


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