Últimas Notícias > Política > Areazero
|
30 de julho de 2014
|
20:56

Candidata Ana Amélia fala a empresários e despeja críticas ao governo Tarso

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Senadora falou por 30 minutos no Tá na Mesa da Federasul de depois respondeu peguntas do público, na quarta-feira|Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Senadora falou por 30 minutos no Tá na Mesa da Federasul para uma plateia de mais de 200 pessoas, nesta quarta-feira|Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Jaqueline Silveira

Convidada do Tá da Mesa da Federasul, a candidata ao governo do Estado do PP, senadora Ana Amélia Lemos, falou a um público de mais de 200 pessoas nesta quarta-feira (30). Acompanhada do concorrente a vice, Cassiá Carpes (SDD), e da candidata ao Senado da coligação, Simone Leite, além de outras lideranças progressistas, ela falou por 30 minutos a empresários, representantes de poderes e políticos.

Em boa parte de sua manifestação, a senadora usou o tempo para criticar o governo Tarso Genro. Logo de início, ressaltou que sua aliança (PP/PSDB/SDD/PRB) “é composta por convergência e não por conveniência”. A exemplo do que tem feito nos debates e em entrevistas, a progressista defendeu um “Estado eficiente”. Nesse contexto, Ana Amélia criticou a demora na emissão de licenças para a instalação de novas empresas no Rio Grande do Sul. A liberação, segundo ela, leva três anos, enquanto em Santa Catarina e Paraná as emissões são concedidas em um mês, atraindo os empreendimentos para os dois Estados vizinhos. “Vivemos num Estado que não está respondendo às demandas da sociedade”, afirmou a candidata.

Sem aumento de impostos

Ela também criticou os seis mil cargos de confiança (CCS) que, conforme a senadora, a administração estadual tem atualmente e também os empréstimos feitos pelo governo do Estado para realizar investimentos, afirmando que não é possível “operar com o cheque especial para financiar o desenvolvimento”. A senadora afirmou, ainda, que não se admite mais aumento da carga tributária. “Pensei que iria ser aplaudida ao dizer que não terá aumento de impostos”, disse ela ao público, predominantemente de empresários, que ficou silencioso, diante da declaração.

Finalizada a manifestação, Ana Amélia respondeu às questões feitas pelo público. Sobre a recuperação das finanças, prometeu fazer todo o “esforço” para implantar um Estado eficiente com redução de gastos. Quanto à defasagem na Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e se poderia privatizá-la, a progressista criticou a administração da CEEE e garantiu que irá qualificar a gestão das estatais. “Não estamos sendo eficientes”, argumentou.  A senadora disse que não irá privatizar, mas, sim, fortalecer as estatais e que “já estão espalhando tanta mentira” sobre esta questão. A progressista, no entanto, afirmou que, caso seja eleita, fará parcerias público-privadas, desde que com critérios claros e “com muita transparência”, momento que foi bastante aplaudida.

Depois de sua exposição, Ana Amélia respondeu aos questionamentos do público |Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Depois de sua exposição, Ana Amélia respondeu aos questionamentos do público |Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Em relação a apoios e alianças, a senadora garantiu que sua decisão de abrir voto à deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) na disputa pela prefeitura de Porto Alegre, em 2012, mesmo com a contrariedade do seu partido, “foi consciente”. “Eu penso que temos de derrubar algumas barreiras”, destacou ela, completando que, ao apoiar a comunista, conseguiu a inserção da sigla no eleitorado jovem, segmento que, segundo Ana Amélia, o PP não atingia por ter um rótulo de “conservador”. Ela disse, ainda, que não faz parte de sua postura “cobrar hoje o apoio que dei ontem”. Manuela faz parte da aliança em prol da reeleição do governador Tarso Genro.

Apoios e alianças

Já quanto ao apoio ao tucano Aécio Neves (PSDB) ao Palácio do Planalto, enquanto o PP nacional decidiu se aliar à presidente Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição, a senadora disse que contestou a decisão do seu partido junto com políticos de outros Estados para defender a neutralidade dentro da sigla e não a opção entre o tucano ou a petista. Aliás, a candidata ressaltou que “reconheço que a presidente Dilma faz bastante coisa pelo Rio Grande do Sul”.

Acompanhada do candidato a vice, Cassiá Carpes, Ana Amélia concedeu entrevista antes do evento e fez severas críticas ao governo atual Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Acompanhada do candidato a vice, Cassiá Carpes, Ana Amélia concedeu entrevista antes do evento e fez severas críticas ao governo atual |Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Antes de falar aos empresários, a candidata progressista deu entrevista coletiva, oportunidade em que criticou a gestão da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Disse que a EGR foi criada para prestar um serviço, mas “que ninguém está satisfeito” devido à “buraqueira nas estradas” e à falta de guinchos e ambulâncias. Ele criticou, ainda, a natureza jurídica da criação da empresa, permitindo a contratação de servidores sem concurso público. Se for eleita, prometeu alterar a natureza jurídica da EGR ou, ainda, colocar o Departamento Autônomo de Estrada de Rodagem (Daer) para fazer o trabalho com objetivo “de ser mais eficiente”.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora