Samir Oliveira
A direção do PT no Rio Grande do Sul pretende organizar para o dia 6 de junho o lançamento de toda a chapa majoritária que envolverá a candidatura do governador Tarso Genro (PT) à reeleição. A intenção é apresentar, na mesma data, os nomes que concorrerão ao cargo de vice-governador e ao Senado – cujas indicações dependem dos aliados PTB e PCdoB, respectivamente. O ato político ocorrerá às 18h, no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Presidente do PT gaúcho, Ary Vanazzi informa que a participação de Lula já está confirmada no evento. Após a pré-convenção, o ex-presidente deverá receber uma homenagem do partido na churrascaria Galpão Crioulo.
Os petistas gostariam, ainda, de contar com a presença da presidenta Dilma Rousseff no ato político. Ela estará em Santa Catarina no dia 6 de junho, mas a participação no evento em Porto Alegre não foi confirmada por sua equipe.
No dia 29 de maio, o partido fará, também, um seminário interno para debater o plano de governo que será apresentado nas eleições deste ano. O evento ocorrerá às 18h30, no City Hotel, em Porto Alegre, e contará com a presença de Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais.
PTB se reunirá na segunda-feira para debater escolha do vice
Ary Vanazzi afirma que a expectativa do PT é anunciar, já no dia 6 de junho, o nome de quem será o vice na chapa de Tarso Genro. Entretanto, essa definição passa por uma decisão do PTB, que será o partido que indicará o candidato.
Os petebistas têm discutido o tema de forma intensa durante as últimas semanas, mas ainda não chegaram a um consenso. O partido trabalha com os nomes do deputado estadual Luís Augusto Lara e da ex-prefeita de Santa Cruz do Sul Kelly Moraes.
Contudo, Lara e seu grupo político não desejam abrir mão de sua candidatura à reeleição na Assembleia Legislativa – já que o parlamentar é um puxador de votos para o PTB. E Kelly Moraes tem a intenção de concorrer a uma vaga no Parlamento gaúcho. Além disso, a ex-prefeita de Santa Cruz pode se tornar inelegível, caso a Câmara Municipal da cidade confirme a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que rejeitou as contas da prefeitura referentes ao exercício de 2011.
Presidente do PTB gaúcho, o deputado federal Luiz Carlos Busato informa que o partido reunirá toda sua executiva na próxima segunda-feira (26) para debater o tema. Ele reitera que Lara e Kelly permanecem sendo os únicos nomes cogitados para a indicação. “Os dois nomes que sempre estiveram na pauta são o do Lara e da Kelly. Segunda vamos nos reunir para conversar com os dois a respeito desse assunto”, afirma. O parlamentar acredita que a ex-prefeita de Santa Cruz não será condenada pela Câmara Municipal e, na recusa de Lara em aceitar a indicação, poderá assumir o cargo de vice na chapa de Tarso.
Busato não confirma se o PTB sairá da reunião de segunda-feira com uma decisão. Ele cogita, inclusive, que o partido possa deixar a escolha da indicação do candidato a vice para a convenção do partido, no dia 21 de junho. “Se não der (para decidir até o dia 6 de junho), terá que ser no dia 21”, projeta.
Vanazzi reafirma preferência de Emília e do PCdoB para disputa ao Senado
Desde o início das conversas sobre a candidatura de Tarso Genro à reeleição, os partidos aliados acertaram que a indicação do nome ao Senado ficaria a cargo do PCdoB. Os comunistas, então, optaram por apresentar o nome da ex-senadora Emília Fernandes, que já foi filiada ao PTB e ao PT.
O nome de Emília é dado como certo pelo PCdoB, que já havia indicado a candidata ao Senado em 2010 na mesma chapa, com o nome de Abgail Pereira, atual secretária estadual de Turismo. Entretanto, com o anúncio de que o ex-governador Germano Rigotto (PMDB) não concorreria mais ao Senado, alguns setores do PT têm se articulado para tentar lançar o ex-governador Olívio Dutra na disputa.
Na avaliação desses setores, Olívio seria o único candidato capaz de representar uma ameaça real à candidatura do comunicador Lasier Martins (PDT) ao Senado. Entretanto, o ex-governador só estaria disposto a assumir a função se o PCdoB abrir mão de indicar Emília.
Presidente do PT gaúcho, Ary Vanazzi reconhece os movimentos de apoio a uma possível candidatura de Olívio, mas afirma que a vaga permanece com os comunistas e que é preciso respeitar o acordo feito com os aliados. “No PT, temos setores que têm feito esse diálogo com Olívio, mas temos uma aliança política que tem que ser respeitada e valorizada. O nome ao Senado que está posto hoje é o da Emília, que o PCdoB já indicou e pré-anunciou”, assegura.