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14 de agosto de 2014
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18:48

Feira do Livro cria comitê para assegurar acessibilidade

Por
Sul 21
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Objetivo do comitê é eliminar barreiras físicas que dificultam o acesso nos estandes e eventos da feira| Foto: Luiz Ventura
Objetivo do comitê é eliminar barreiras físicas que dificultam o acesso nos estandes e eventos da feira| Foto: Luiz Ventura

Nícolas Pasinato

A criação do Comitê de Voluntários pela Acessibilidade será uma das novidades da 60ª Feira do Livro, que acontece de 31 de outubro a 16 de novembro. O objetivo do comitê é orientar a Comissão Organizadora no sentido de eliminar as barreiras físicas e de comunicação que ainda dificultam a acessibilidade universal do evento.

No ano passado, a Área Infantil e Juvenil já contou com um espaço denominado Estação da Acessibilidade. Nas conversas mantidas neste local, entre empresas e entidades envolvidas no atendimento de demandas de pessoas com deficiência, ficou clara a necessidade de avançar nesta área.

A sugestão partiu de Rotechild Prestes, representante do Serviço Social da Indústria (Sesi/RS) e que também é presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comdepa). Além do Sesi/RS, farão parte do comitê a Confraria em Braile, Desenvolver Assessoria em Inclusão de Pessoas com Deficiência, Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), Mil Palavras Acessibilidade Cultural, Secretaria Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social e Associação Gaúcha de Pais e Amigos de Surdocegos e Multideficientes (Agapasm).

Número de atividades especiais será ampliado|Foto: Luiz Ventura
Número de atividades especiais será ampliado|Foto: Luiz Ventura

A Estação da Acessibilidade, que funcionou, em 2013, na Área Infantil e Juvenil, ficará instalada diante do Banrisul, nas imediações do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli.

“É uma localização estratégica para que possa atender as pessoas com deficiência que visitam qualquer área do evento”, informa Sônia Zanchetta, que faz parte da Comissão Executiva da Feira,

Dentre as medidas adotadas pelo comitê para este ano, além dos serviços já oferecidos, está o oferecimento, por parte da AACD, de cadeiras de rodas quando forem solicitadas.

Além disso, o número de atividades adaptadas – com tradução em libras ou audiodescrição – terá, conforme Sônia, um significativo aumento. O comitê também sugeriu que as caixas de saldo de todos os livreiros fiquem, no máximo, 90cm de altura, para facilitar a compra pelos cadeirantes, e recomendou que as abas de suas barracas sejam rebaixadas, o que foi acatado pela Comissão Organizadora.

Sônia informa também que as rampas de acesso serão construídas de acordo com instruções da Secretaria Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social do município, que também está orientando a elaboração do projeto arquitetônico.

Será solicitado ainda à EPTC a criação de mais vagas de estacionamento para pessoas com deficiência, no entorno da Praça.

“Com a reforma da Praça da Alfândega, o piso de pedras portuguesas ficou excelente, mas na avenida Sepúlveda, onde está a Área Infantil e Juvenil, o pavimento de paralelepípedos é bastante irregular, de forma que vamos encobri-lo com um tablado de madeira, de ponta a ponta”, acrescenta Sônia.

Comitê pedirá mais vagas de acessibilidade| Foto: Luiz Ventura
Comitê pedirá mais vagas de acessibilidade| Foto: Luiz Ventura

Outra dificuldade, segundo ela, é contar com número suficiente de tradutores de libras em uma programação extensa como na feira. “Na Área Infantil e Juvenil, que eu coordeno, por exemplo, temos atividades das 9 às 21h.

Então o que fazemos é verificar, antecipadamente, com os professores, se trarão algum aluno com necessidades especiais e divulgamos ao público em geral a possibilidade de solicitarem os serviços de tradução em libras, tradução para surdocegos e audiodescrição”, revela ela.


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