Opinião
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25 de outubro de 2022
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07:58

O Estado e o desenvolvimento (por SENGE-RS)

Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini
Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini

SENGE-RS (*)

A promessa de termos um Estado mais dinâmico, ágil, eficiente e presente na vida de cada cidadão, e capaz de sustentar a base de uma plataforma de desenvolvimento, são discursos indefectíveis nas campanhas eleitorais, seja qual for a candidatura. São posições defendidas pelos dois postulantes ao Palácio Piratini, temperadas aqui e ali por matizes ideológicos e o marketing eleitoral cada vez mais especializado. 

Os eleitores decidirão o caminho a ser percorrido nos próximos quatro anos. Parece, no entanto, ser unânime, o desejo geral de melhorias significativas no atendimento às demandas da sociedade, melhorias essas, que passem pela reversão da tendência ao sucateamento da estrutura pública, da precarização dos serviços e do desprestígio aos servidores de todas as esferas, notadamente dos quadros técnicos. 

Um Estado paquidérmico, por óbvio, será um Estado incompetente, caro e injusto. Se isso não bastasse, contribuiria em muito para o pacote de dificuldades para investidores e trabalhadores, condição que, como sabemos, afeta mais as camadas menos favorecidas da sociedade.

Modernização administrativa, adequada às tendências universais relacionadas à tecnologia, ao conhecimento, a eficiência energética, produtividade e respeito ao meio ambiente, à diversidade e às pessoas, é primícia elementar, que nem deveria ser abordada dada sua absoluta imposição. 

Desde 2012, a cada nova eleição, o Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul edita a Pauta Mínima. O documento, enviado a todas as candidaturas, sintetiza as demandas consideradas mais importantes para engenheiros, a Engenharia e o desenvolvimento sustentável de nossa sociedade. É mais uma contribuição do SENGE-RS à sociedade, reiterando o compromisso da entidade com o diálogo e os valores democráticos, bem como respeito aos profissionais representados, às boas práticas de gestão e à profissionalização da administração pública. O Sindicato deseja que nosso Estado volte a crescer e retorne à condição histórica de vanguarda no desenvolvimento econômico, nos indicadores sociais e no cenário político nacional. Porém, por diversas razões, já há algum tempo, estamos perdendo posições para outras unidades da Federação que, enfrentando o mesmo quadro de dificuldades e aproveitando oportunidades abertas a todos, encontraram soluções viáveis à melhoria da qualidade de vida das suas populações. 

O Rio Grande é um só e é de todos. Deve ser administrado para todos e todas, sem demagogia e oportunismo, seja qual for o resultado em 30 de outubro. 

(*) Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (SENGE-RS)

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.


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