Opinião
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11 de outubro de 2022
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07:28

A tarefa do eleitorado progressista é eleger Lula, para salvar o Brasil e o Rio Grande! (por Estêvão Finger da Costa

Lula após votar no primeiro turno, em São Bernardo do Campo | Foto: Ricardo Stuckert
Lula após votar no primeiro turno, em São Bernardo do Campo | Foto: Ricardo Stuckert

Estevão Finger da Costa (*)

Estamos atravessando um processo eleitoral em nosso país, elegendo senadores, deputados, votando para a presidência e governadores dos estados. Votar deve ser um exercício da democracia. A conquista do sufrágio universal, previsto no artigo 14 da Constituição de 1988, foi um marco histórico e progressista para o avanço da democracia em nosso país. Portanto o voto é o instrumento vigente para a garantia do sufrágio no Brasil.

Há muito tempo nosso país vem sofrendo nas mãos daqueles que odeiam o povo. O golpe na presidenta Dilma Rousseff, em 2016, foi um grande balizador da era antidemocrática e fascista que começaria a assolar o Estado, após anos de administração dos governos populares Lula e Dilma. A pauta antipovo que surgiu a partir do impeachment só vem sendo acentuada pelo governo conservador e antiprogressista representado por Bolsonaro (PL). No Brasil da era Bolsonaro, a polícia federal e os órgãos de controle não tiveram a autonomia para investigar as denúncias de crimes do governo Bolsonaro e sua família. Por outro lado, já está comprovado que tanto a presidenta Dilma, como o presidente Lula, não são culpados pelos supostos crimes que lhes foram imputados. Na verdade, o que se viu a partir do golpe foi uma armação judiciária, com o apoio midiático, para destruir a imagem do partido e dos melhores presidentes que o Brasil já teve. Portanto, o estrago que esses setores golpistas fizeram é enorme e o sentimento antipetista ainda é algo muito concreto em nossa sociedade.

A forma como o Bolsonaro vem conduzindo a maior crise sanitária, a Covid-19, já deveria ser motivo o suficiente para colocar este governo na lata de lixo da história do Brasil. Todo mundo, sem exceção, conhece alguém que perdeu um familiar, um amigo, uma vida. E todas as vidas são valiosas. Os escândalos de corrupção, enterrados nas profundezas, já deveriam colocar este presidente no Tribunal Internacional de Haia para julgamento e condenação. Bolsonaro faz política de modo não só irresponsável, mas também desumano. A ausência de sensibilidade, na política e na vida, leva a situações extremamente dolorosas para quem está sofrendo com as faltas de políticas públicas. Bolsonaro debochou com as mortes pela Covid-19, desdenhou da ciência e foi corrupto na compra de vacinas. Ele odeia mulheres, aliás, nenhuma mulher deveria sequer cogitar em votar no Bolsonaro. Ele discrimina a população LGBTQIA+, os indígenas, os negros. São apenas alguns exemplos de como o ódio na política destrói vidas. A culpa da polarização extrema que nosso país vive hoje é do Bolsonaro. O radicalismo, incrustrado em suas palavras e ações, leva a ato extremos como seus apoiadores assassinarem pessoas simplesmente por pensarem diferente.

No Rio Grande do Sul, o segundo turno está posto entre dois privatistas, apoiadores de um governo negacionista e genocida. Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) representam o mesmo projeto político antipovo e contra o trabalhador. O Edegar Pretto (PT) por pouco não entrou na disputa pelo segundo turno, infelizmente o povo gaúcho decidiu por um projeto já falido, do estado mínimo, de desvalorização do trabalhador e do serviço público. Tanto Onyx quanto Leite apoiaram Bolsonaro e, portanto, fazem parte da mesma turma. Os dois são vendilhões do patrimônio público, e não restará pedra sobre daquilo que é público e do povo, ou seja, do nosso Rio Grande.

A esperança para reconstruir o Brasil, com reflexos em nosso estado, está nas mãos do nosso povo. É eleger Lula presidente de nosso país. Isso significa resgatar a humanização na política, respeitar a diversidade e a pluralidade, valorizar o servidor e o serviço público, ter aumento real do salário mínimo, ter investimentos de verdade para saúde, educação, segurança, assistência social, cultura, habitação, saneamento, e tantas outras políticas públicas importantíssimas para garantia da qualidade de vida do nosso povo. É, de fato, que haja políticas públicas de proteção ao meio ambiente. É valorizar os trabalhadores do campo e da cidade. É gerar emprego e renda, desenvolvendo o país de modo sustentável. É tirar o Brasil, de novo, do mapa da fome. É ter de volta a nossa democracia. O estrago do bolsonarismo é enorme, mas o nome para enterrar de vez no lixo da história tudo o que representa esse atraso se chama Luiz Inácio Lula da Silva.

(*) Enfermeiro, ex-presidente do Sindicato dos Enfermeiros no RS e ex-conselheiro do COREN/RS. Conselheiro, suplente, do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21


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