Opinião
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23 de outubro de 2011
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18:00

AG e FIFA go home

Por
Sul 21
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Por Fernando Cibelli de Castro

Diante de todo impasse e desgaste criado no seio da Nação Colorada, o grande Inter deve estipular prazo de 15 dias a partir de 1º de novembro à Empreiteira Andrade Gutierrez para assinar o contrato de remodelagem do Beira-Rio e iniciar a obra ainda dentro do mês. Depois disso, se não houver acordo, o rompimento deve ser imediato e unilateral da parte a direção colorada.

A partir daí, devemos, torcedores-sócios, não sócios, colorados vips, descamisados, vileiros, integrantes do Conselho Deliberativo e Comissão de Obras, somar esforços e iniciar uma ampla campanha, capitaneada pela direção do clube para que o serviço de reforma do estádio pelo modelo preconizado pela dupla Afatato/Píffero seja retomado sem vacilação. Aliás, seria um momento de reconciliação da qual o clube está necessitando.

De imediato, o Clube deve enviar uma carta ao COL (Comitê Organizador Local) da Copa do Mundo, anunciando a sua desistência de sediar jogos da Copa do Mundo, uma vez que o prefeito José Fortunati, conselheiro do Grêmio, e o malvado Ricardo Teixeira, têm Plano B para Copa em Porto Alegre. O Beira-Rio deve ser revitalizado como legado para os atuais colorados e os que virão. Esse negócio de vender à alma ao diabo por cinco jogos que nem renderão bilheteria ao Clube – porque são eventos FIFA é até coisa de otário.

De fato o nosso Gigante tornou-se desconfortável e defasado. Suas normas técnicas de acomodação já não condizem com o conforto dos estádios mais modernos nem com as acomodações que uma torcida de mais de 100 mil sócios e identificada com o time que mais vence títulos internacionais mo continente desde que este século começou há mais de uma década. O time do século na América. De quebra, nos livramos da companhia indigesta do presidente da CBF, sujeito afeito a esquemas espúrios.

Se há dinheiro para fechar o anel inferior e os camarotes (esses ele tem de entregar pois estão pré-comprados) vamos tocando a obra por aí. Depois parte-se para a cobertura e iluminação nova de que o estádio precisa e outras obras secundárias. Durante o processo de reforma nada impede que a direção busque outras formas de parceria, algum endividamento bancário, dentro da realidade financeira, para complementar renda. A reforma completa, todos sabem, o Inter não tem como tocar absolutamente sozinho e sem aportes naturais de um empreendimento caro e ousado.

Há dentro do próprio conselho deliberativo do Inter, empreendedores de grande da área da construção civil, hotelaria e que poderiam emprestar sua expertise, ou ainda participar de investimentos no entorno como o edifício-garagem, ou construção de hotéis e flete no entorno, né família Isdra?

Claro! a metade da venda de Leandro Damião e mais uns dois craques, neste caso, poderia ser realocada para conta única da reforma, onde estão os R$ 28 milhões da venda dos Eucaliptos. Em tempos de crise precisamos nos abraçar a pequenos sacrifícios. Toda a despesa e contrações seria colocada no site do clube na forma de prestação pública das contas como forma de conferir a maior transparência possível para a empreitada.

Estou falando em buscar R$ 200 milhões ao longo da obra para remodelarmos o estádio, sem pagar mico. Poderíamos ainda contratar a mesma empresa especializada em arena que foi consultada quando Giovani Luigi resolveu entrar nessa aventura perigosa com empreiteiros que estão acostumados a fechar negócios com métodos de máfia. AG e FIFA go home.

Fernando Cibelli de Castro é jornalista, mestre em comunicação e sócio colorado número matrícula 24832.

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