A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) lançou, nesta quinta-feira (24), no rádio e na internet, a campanha ‘Não se engane. A pandemia não acabou’, para reforçar o alerta para que os bancários e bancárias fiscalizem seus locais de trabalho e reforcem os cuidados nestes ambientes.
As peças da campanha destacam os cuidados necessários dentro das agências bancárias. De acordo com o diretor de Comunicação da Fetrafi-RS, Juberlei Bacelo, “muitos colegas estão enfrentando as consequências do descaso dos bancos, que não estão cumprindo os protocolos à risca”.
Segundo o sindicato, há denúncias de descuido quanto ao distanciamento mínimo de 1,5 metro entre estações de trabalho, aglomerações nas agências, funcionários sem máscara, entre outros problemas. “O governo quer nos convencer de que a pandemia acabou e que é seguro andar por aí sem os cuidados mínimos. Mas os números nos mostram o contrário”, destaca Bacelo.
De acordo com o Painel Nacional Covid-19 desta quinta-feira, divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil registrou uma média móvel de 806 óbitos na última semana. No acumulado do período da pandemia, mais de 646 mil vidas foram perdidas. O número de casos positivos informados já está em quase 28,5 milhões.
Redução do isolamento
Diante deste cenário, a CUT e Confederações afiliadas entraram com liminar no Supremo Tribunal Federal para que a Corte anule a Portaria 14/2022, de 20 de janeiro, que reduziu o tempo de isolamento de 14 dias para 10 dias em casos de confirmação ou suspeita de infecção pela Covid-19.
O argumento das entidades se baseia nos protocolos e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que continuam tendo como regra o isolamento mínimo de 14 dias, levando em consideração a variante ômicron, que tem transmissibilidade alta e com sintomas que podem se estender por mais de 10 dias.
O secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, aponta que “o momento não é de baixar a guarda, pois a variante ômicron está contaminando em grande escala e temos muitas mortes. Todos precisamos nos proteger tomando todos os cuidados para não sermos contaminados e não contaminarmos outras pessoas.” Ele ressalta que “graças à vacina diminuíram os casos graves, mas ainda existem óbitos. Além disso, mesmo em casos leves, a Covid pode trazer sequelas que afetam por longo tempo nossa condição de saúde.”
