A Secretaria Estadual de Saúde informou nesta sexta-feira (7) que já é possível considerar que há transmissão comunitária da variante ômicron da covid-19 no Rio Grande do Sul. Até este momento, já foram identificados 255 casos confirmados ou sugestivos da variante em 34 municípios gaúchos ou em visitantes testados no RS.
O conceito de transmissão comunitária ou local é definido quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, sem histórico de viagem ou sem que seja possível definir a origem da transmissão.
Segundo a SES, esse aumento nos casos também já é percebido no RS nas últimas semanas.
Entre os casos identificados, 21 foram confirmados por sequenciamento completo, método mais preciso pelo qual é feita a leitura de toda a cadeia genômica do vírus.
Os demais 228 são considerados sugestivos, caracterizados pelas amostras que tiveram o diagnóstico pelo exame de RT-PCR que identifica parcialmente a variante ou aqueles casos que foram confirmados por serem de pessoas com sintomas e que sejam contato desses casos sugestivos.
Diante do cenário, o comitê científico de apoio ao enfrentamento à pandemia da covid-19 do governo estadual emitiu nesta sexta uma nota técnica alertando para a importância de serem mantidas e reforçadas as medidas de prevenção: completar o esquema vacinal e a doses de reforço, uso de máscara e evitar aglomerações.
A nota também defende a ampliação da oferta da vacinação para crianças de 5 a 11 anos tão logo os imunizantes estiverem disponíveis no Estado.
A SES informou ainda que o Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) tem percebido um aumento na proporção de ômicron para as demais variantes nos últimos dias.
Em 41 amostras coletadas entre os dias 21 e 31/12, 80% foram sugestivas para a ômicron (por RT-PCR de inferência). No mesmo número de testes coletados entre os dias 2 e 4 de janeiro, a proporção já passou para 95%.