Coronavírus
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27 de novembro de 2021
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20:05

Países europeus identificam casos da Ômicron, nova variante do coronavírus

Por
Sul 21
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Imagem: Pixabay
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Até o momento, quatro países da Europa já confirmaram da Ômicron, nova variante do coronavírus, identificada inicialmente na África e declarada uma mutação de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). São eles: Reino Unido, Alemanha, Itália e Bélgica – onde ocorreu o primeiro registro da nova cepa no continente europeu, anunciado nesta sexta-feira (26).

Neste sábado (27), aconteceu a confirmação de dois casos da Ômicron nas cidades de Chelmsford, a nordeste de Londres, e Nottingham, no centro-norte da Inglaterra, anunciados pela Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA). Outros dois casos foram detectados no estado da Bavária, no sul da Alemanha, conforme informou o Ministério Regional da Saúde. Na Itália, o Instituto Nacional de Saúde (ISS) anunciou que foi diagnosticado um caso da variante no país.

Os casos dos três países estão ligados a viagens ao sul da África, onde a variante foi descoberta no começo de novembro. No caso da Bélgica, a Ômicron foi identificada em uma jovem não vacinada e que desenvolveu sintomas semelhantes aos da gripe 11 dias depois de uma viagem pelo Egito e pela Turquia.

Diante da confirmação e da suspeita de casos da variante no continente, os países europeus estão anunciando novas medidas para tentar desacelerar a disseminação. No Reino Unido, por exemplo, todos os recém-chegados ao país terão que fazer um teste, aqueles que tiveram contato com pessoas que positivaram para caso suspeito da variante teriam que se isolar por 10 dias; serão intensificadas as doses de reforço da vacina e adotadas regras mais rígidas sobre o uso de máscaras.

“Exigiremos que qualquer pessoa que entrar no Reino Unido faça um teste de PCR ao final do segundo dia após sua chegada e se isole até que tenha um resultado negativo”, disse primeiro-ministro Boris Johnson em entrevista coletiva. O país também ampliou a lista de suspensão de voos vindos do sul da África, incluindo agora Maláui, Moçambique, Zâmbia e Angola.

Também para tentar conter a disseminação da nova cepa, na noite da sexta-feira (27), os 27 países da União Europeia proibiram temporariamente a entrada de voos oriundos de sete países da África, como África do Sul, Botsuana, Suazilândia (Eswatini), Lesoto, Namíbia, Moçambique e Zimbábue.

Nesta sexta-feira (27), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, informou que o Brasil fechará as fronteiras aéreas com seis países da África a partir da próxima segunda-feira (29), a fim de conter a entrada da variante no país. A restrição afetará passageiros oriundos da África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia, Zimbábue e Eswatini (ex-Suazilândia).

“O Brasil fechará as fronteiras aéreas para seis países da África em virtude da nova variante do coronavírus. Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia naquele país. Uma portaria será publicada amanhã e deverá vigorar a partir de segunda-feira”, disse o ministro em publicação no Twitter.

Descoberta em Botsuana, a ômicron (B.1.1.529) é a nova variante de preocupação do coronavírus. Cientistas alertam que a variante tem um “número extremamente alto” de mutações, o que pode levar a novas ondas de covid-19. Em poucos dias, os números oficiais de casos da nova variante saltaram de 22 para 100.

A nova variante tem causado grandes preocupações aos pesquisadores porque algumas das mutações podem ajudar o vírus a escapar à imunidade das vacinas. A B.1.1.529 tem 32 mutações na proteína spike, a parte do vírus que a maioria das vacinas usa para preparar o sistema imunológico contra a covid-19. As mutações na proteína spike podem afetar a capacidade do vírus de infectar células e se espalhar, mas também dificultar o ataque das células do sistema imunológico sobre o patógeno.

*Com informações da Reuters e da Folha De S. Paulo


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