Coronavírus
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26 de julho de 2021
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15:49

Grávidas que receberam AstraZeneca poderão completar vacinação com Pfizer

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Sul 21
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A vacinação é apontada como essencial por ginecologistas e obstetras. Foto: Cristine Rochol/PMPA
A vacinação é apontada como essencial por ginecologistas e obstetras. Foto: Cristine Rochol/PMPA

O Ministério da Saúde divulgou, nesta segunda-feira (26), novas orientações sobre a vacinação de mulheres grávidas e puérperas contra a covid-19. A recomendação é para que as mulheres que receberam a 1° dose da AstraZeneca completem o esquema vacinal, preferencialmente, com o imunizante da Pfizer.

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Em transmissão ao vivo nesta tarde, a secretária extraordinária de enfrentamento à covid do Ministério da Saúde, Rosana Leite, destacou que, excepcionalmente, as gestantes e puérperas podem também receber a segunda dose também da Coronavac. Ela explicou que o Brasil é um país de dimensões continentais e que, em alguns municípios, existe dificuldade de entrega da vacina da Pfizer, que requer condições mais delicadas de armazenamento. Conforme o Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz de junho, a taxa de letalidade materna do coronavírus é 2,5 vezes maior do que a média da população em geral.

No Rio Grande do Sul, mulheres grávidas e puérperas que foram vacinadas com a primeira dose da AstraZeneca vinham lutando pelo direito de receber outro imunizante na segunda aplicação. Até então a orientação era para que elas completassem a vacinação apenas 45 dias após o parto. Em todo o Estado, 6.402 gestantes receberam a primeira dose de AstraZeneca. A vacinação com o imunizante para grávidas foi suspensa em todo o Brasil em maio, após a morte por trombose de uma gestante que havia sido vacinada no Rio de Janeiro.

O Brasil é o país com maior número de mortes maternas por covid-19 no mundo. Especialistas apontam que a letalidade está relacionada à ausência de uma diretriz única para a vacinação. Desde o início do ano, a população foi incluída, retirada e somente recentemente recolocada entre os grupos prioritários para imunização, mesmo com altos índices de mortalidade.

Por meio da Assessoria de Comunicação Social, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul informou que segue as indicações do Ministério da Saúde e aguarda nota técnica e envio de doses da Pfizer ao Estado.


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