Diante da possibilidade de venda do Hospital Beneficência Portuguesa e do consequente fechamento de mais de 200 leitos em Porto Alegre, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) irá lançar uma campanha para tentar salvar um dos mais antigos e tradicionais hospitais da Capital, que será vendido para quitar dívidas trabalhistas que perduram há 27 anos, no valor de cerca de R$ 35 milhões.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente do Simers, Marcos Rovinski, lamenta a possibilidade de venda do hospital. “O Simers defende a manutenção dessa casa centenária, que faz parte da história médica do Rio Grande do Sul, para que ela possa ser revitalizada e continuar atendendo a população. Precisamos de uma soma de esforços da comunidade e do poder público para reverter os problemas de gestão que se arrastam há anos”, destacou.
Para o presidente do Sindicato, o possível encerramento das atividades do Beneficência irá agravar ainda mais a crise de falta de leitos na Capital, o que acabaria afetando não só porto-alegrenses, mas sim também pessoas de outras cidades do Estado. “Desde a década de 90, já são sete hospitais que fecharam as suas portas, o que representa cerca de mil leitos a menos para a Saúde. Por isso, precisamos que o Beneficência recupere a sua importância, protagonismo e relevância para quem precisa de atendimento”, afirmou.
Os casos mais recentes de fechamentos de hospitais são o Hospital Parque Belém, fechado em 2017, gerando a perda de 200 leitos, e o Hospital Álvaro Alvim, fechado em 2020, tirando mais 120 leitos da Capital.