Saúde
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3 de junho de 2022
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16:02

Hospitais dão 30 dias para governo apresentar solução para impasse do IPE Saúde

Por
Sul 21
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Reunião conduzida pelo governador Ranolfo Vieira Júnior durou cerca de duas horas | Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini
Reunião conduzida pelo governador Ranolfo Vieira Júnior durou cerca de duas horas | Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

Em reunião com o governador Ranolfo Vieira Júnior na manhã desta sexta-feira (3), os dirigentes da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul) e Federação das Santas Casas do RS decidiram acatar o pedido de não suspenderem os atendimentos pelo IPE Saúde até que os impasses sobre os valores pagos pela autarquia em diárias médicas, taxas de logística e outros itens sejam solucionados.

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Na última terça-feira (21), as entidades estabeleceram um prazo de 24 horas para o governo rever as novas tabelas de valores pagos pelo IPE aos prestadores de saúde por medicamentos. Caso contrário, 27 hospitais prometiam interromper todo os novos atendimentos não emergenciais pelo IPE. O prazo foi inicialmente prorrogado para esta sexta, em razão do agendamento da reunião, e agora prorrogado por mais 30 dias.

Segundo nota das entidades, o governador se comprometeu a apresentar dentro deste prazo um plano para a quitação das dívidas que a autarquia possui com os prestadores, que passaria de R$ 1 bilhão, e a tratar a situação do IPE como prioritária para o governo.

Já governador avaliou a reunião como positiva e disse que um estudo técnico com caráter resolutivo será elaborado entre o governo do Estado e as instituições de saúde para ajustar as soluções.

“Vamos buscar, nos próximos 30 dias, encontrar uma forma de pagamento do passivo que se acumula há mais de 90 dias. Também vamos verificar quais são os outros ajustes necessários no IPE. O mais importante é garantirmos o atendimento dos 992 mil beneficiários deste plano e sua sustentabilidade. Temos um compromisso do governo do Estado sobre isso e tivemos a compreensão por parte dos hospitais. Essa saída será construída a várias mãos, entre o governo, o IPE Saúde e os prestadores de serviços”, disse Ranolfo.

Por outro lado, ele destacou que a nova tabela de medicamentos do IPE Saúde não poderá ser revogada. “Há um inquérito civil-público em andamento e, por isso, não é possível retroceder nessa questão das tabelas. Buscaremos outras formas de equilíbrio a partir deste estudo, como reajustes em outras prestações de serviços que estejam defasadas”, disse o governador.

Uma nova rodada de conversas será iniciada na próxima semana entre as entidades e a Casa Civil.


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