Um dos seguranças da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi preso em flagrante após a disparar uma arma de fogo em um episódio que envolveu a parlamentar durante a tarde de sábado (29), em São Paulo, informou o portal G1 neste domingo.
Em um vídeo que circulou nas redes sociais, a deputada é vista de arma em punho cruzando uma rua e entrando em um bar, onde estava o homem posteriormente identificado como o jornalista Luan Araújo. Zambelli pede para o homem deitar no chão, e ele responde: “Quer me matar, mano? Quer me matar por quê?”
O homem se ajoelha no chão e o vídeo acaba sem mostrar o que ocorreu sem seguida. Em vídeo publicado no Instagram, Zambelli disse que foi agredida por eleitores de Lula. Ela alega ter sido empurrada e diz que “usaram um homem negro para vir em cima de mim”.
No entanto, outro vídeo de um momento anterior, mostra que Luan não agride a deputada e que ela tropeça a cai sozinha. Ainda assim, Zambelli e pessoas que a acompanhavam, incluindo um homem armado, passam então a perseguir o homem. Na sequência, um tiro é disparado.
Segundo o G1, a prisão do responsável pelo disparo, um segurança da deputada, foi confirmada pela 78º Distrito Policial de São Paulo. A identidade dele não foi confirmada, bem como não foi informado onde ele está preso.
Atacado pela comitiva de Zambelli, Luan Araújo prestou depoimento à Polícia Civil na noite de sábado. “Eu sou uma pessoa preta e periférica e apontaram uma arma para mim. A única coisa que eu pensava era na minha mãe”, disse, em conversa com a imprensa após comparecer à delegacia.
De acordo com o Brasil de Fato, Araújo disse em seu depoimento que, quando foi buscar seu carro na porta de um restaurante, de onde saía Zambelli e sua equipe, ouviu um dos integrantes do grupo gritar “Aqui é Tarcisio”. Em seguida, ele respondeu: “Amanhã é Lula, vocês vão perder.”
Ainda de acordo com o depoimento de Araújo, quando ele já estava dentro da lanchonete, cercado pela equipe de Zambelli e com uma arma apontada para seu corpo, um dos assessores da parlamentar tentou levá-lo para o banheiro alegadamente para conversar, mas ele não consentiu.
