Da Redação
A visita do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) ao Santuário Nacional de Aparecida, Aparecida (SP), foi marcada por tentativas de intimidação de seus eleitores a funcionários da TV Aparecida, canal ligado à Igreja Católica, e de outros veículos.
Segundo imagens da CNN Brasil, seguidores do presidente cercaram e hostilizaram um cinegrafista e uma repórter da TV Vanguarda, afiliada local da Globo, que precisou ser escoltado por funcionários da TV Aparecida. Enquanto alguns apoiadores de Bolsonaro hostilizavam os profissionais, outros gritavam o nome do presidente.
Equipe da CNN flagra ao vivo hostilizações por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra o cinegrafista da TV Vanguarda, que teve que sair escoltado por funcionários da TV Aparecida no Santuário Nacional de Aparecida. Ao vivo no #CNN360 com @DanielaLima_ Veja: pic.twitter.com/tV9rZT3KfH
— Pedro Duran (@pedromeletti) October 12, 2022
O incidente teria ocorrido, segundo a CNN, porque o cinegrafista fez imagens de uma pessoa que vestia uma camiseta com a foto de Lula (PT).
Mais cedo, seguidores do presidente também interromperam a missa das 14h, com palavras de ordem e vaias, fazendo com que o padre que celebrava fosse obrigado a pedir silêncio. “Silêncio na basílica. Prepare o seu coração, viemos aqui para rezar”, disse o padre Eduardo Ribeiro, responsável pela celebração, segundo a Folha de São Paulo.
Bolsonaro e aliados participaram da missa das 14h. Além de acompanhar a celebração, ele visitou o local e participou de um breve encontro com apoiadores.
Dezenas de milhares de pessoas compareceram nesta quarta-feira (12) ao Santuário de Aparecida para marcar o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
Pela manhã, durante a homilia na principal missa celebrada no Santuário de Aparecida, o arcebispo da Arquidiocese, Dom Orlando Brandes, incentivou as pessoas a votarem e disse que é preciso combater o “dragão do ódio”, da mentira, do desemprego, da fome e da incredulidade.
Na terça-feira (11), a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamentou, em nota, a “intensificação da exploração da fé e da religião” na disputa eleitoral.