O presidente estadual do PDT, deputado federal Pompeo de Mattos, e o pré-candidato do PSB ao governo do Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque, sinalizaram nas redes sociais a possibilidade de formação de uma nova chapa para a disputa das eleições majoritárias no Estado. Apesar de a construção da chapa ainda não estar definida, a tendência seria de o PDT indicar um nome para ser vice de Beto.
Na quinta-feira (12), Mattos comentou uma notícia a respeito da decisão do presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, de não concorrer ao governo, com a defesa de que o partido lançasse o nome do ex-deputado Vieira da Cunha para a disputa pelo Palácio Piratini. Além disso, defendeu a abertura do diálogo com o PSB e com o PSD, que lançou no Estado o nome de Ana Amélia Lemos para a disputa ao Senado.
“Estas forças juntas vencem as eleições no RS”, escreveu.
Com a desistência de Romildo Bolzan, temos que lançar imediatamente a candidatura do Dr. VIEIRA DA CUNHA a governador.
Abrir um diálogo franco com PSD da @anaamelialemos e com PSB do @BetoAlbuquerque.
Estas forças juntas, vencem as eleições no RS!https://t.co/tdli8z41Zp
— Pompeo de Mattos (@PompeodeMattos) May 12, 2022
Já na tarde desta sexta-feira, Beto afirmou, no Twitter, que está “muito aberto a este diálogo” com o PDT. Ele fez o comentário em uma notícia de que o PSB gaúcho pode deixar de apoiar Lula para apoiar Ciro Gomes. O Sul21 confirmou que as conversas entre os partidos estão em andamento e que, na verdade, ocorrem desde o ano passado.
Estou muito aberto a este diálogo! Juntos somos a Defesa da Democracia no Brasil e toda a prioridade para a educação no RS. https://t.co/F7ASYZSpBq
— Beto Albuquerque (@BetoAlbuquerque) May 13, 2022
Nacionalmente, PSB e PT estão coligados para a disputa da presidência, com Geraldo Alckmin sendo candidato à vice-presidência pelo PSB. Contudo, a aliança não implica em coligação nos Estados, uma vez que o PSB não participa da federação que o PT formou com PCdoB e PV e que, aí sim, exige aliança formal em todos os estados.
Até o momento, trabalhava-se a ideia de que PT e PSB poderiam dar dois palanques distintos ao ex-presidente Lula no RS, uma vez que Edegar Pretto (PT) também é pré-candidato ao governo.
Em entrevista recente ao Sul21, Beto já havia sinalizado incômodo em dividir o apoio de Lula no Estado com Edegar. Na ocasião, ele ainda esperava que uma decisão do próprio Lula resolvesse a situação. “Aqui no Estado, não haverá solução para as nossas candidaturas, a minha e a do meu amigo Edegar Pretto. Quem vai ter que tomar uma decisão, ao meu juízo, é a candidatura do Lula e as direções nacionais dos nossos partidos, porque os palanques estaduais devem servir ao maior projeto em disputa, que é o projeto do Lula”, disse.
Na ocasião, ele também negou veemente a possibilidade de não concorrer ao cargo de governador.
Neste sentido, uma aliança possível seria com Beto na cabeça da chapa e o PDT indicando o nome do vice-governador, o que garantiria um palanque no Estado para Ciro Gomes – necessidade destacada por Pompeo de Mattos à reportagem em mais de uma oportunidade.