Política
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27 de março de 2022
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10:59

Após pedido do partido de Bolsonaro, TSE proíbe manifestações políticas no Lollapalooza

Por
Sul 21
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Durante show no Lollapalooza, Pablo Vittar levantou uma bandeira do ex-presidente Lula. Foto: Reprodução
Durante show no Lollapalooza, Pablo Vittar levantou uma bandeira do ex-presidente Lula. Foto: Reprodução

O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atendeu parcialmente o pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e proibiu manifestações políticas durante as apresentações do festival Lollapalooza, que acontece neste final de semana em São Paulo. O pedido da sigla foi realizado após, durante show no evento, a cantora Pabllo Vittar entoar um coro de ‘Fora Bolsonaro’ e levantar uma bandeira com a foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além da Pabllo, outros artistas também realizaram manifestações contrárias ao presidente Bolsonaro durante o evento, como a cantora Marina e o cantor brasileiro Emicida, por exemplo. As manifestações também ocorreram por parte do público do evento, que entoou gritos como ‘Fora Bolsonaro’ durante algumas apresentações.

Segundo o ministro, a manifestação dos artistas “caracteriza propaganda político-eleitoral”. Com a decisão de Araújo, tomada no sábado (26), fica proibida “a realização ou manifestação de propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea em favor de qualquer candidato ou partido político por parte dos músicos e grupos musicais que se apresentem no festival”. O ministro também determinou multa de R$ 50 mil caso ocorra descumprimento.

Para o partido de Bolsonaro, a manifestação realizada no evento promovem “um verdadeiro showmício” e “fere inúmeros dispositivos legais”. Ainda, segundo documento do PL, é “indiferente se o evento foi custeado pelo candidato ou se o mesmo esteve presente no ato”. Porém, ao mesmo tempo em que acusa artistas de propaganda eleitoral antecipada durante o festival, o PL irá promover um megaevento em Brasília, neste domingo (27), para reunir apoiadores com Bolsonaro.

Segundo informações do jornal O Globo, o convite para o evento inicialmente chamava para o “lançamento da pré-candidatura” do presidente à reeleição. Entretanto, como isso poderia violar a lei eleitoral, o PL passou a chamar de “ato de filiação” de novos integrantes. No entanto, o próprio presidente Bolsonaro admitiu, no sábado (26), que o evento será para o lançamento da sua pré-candidatura a mais um mandato na Presidência.

*Com informações do jornal O Globo e Folha de S.Paulo

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