Política
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4 de novembro de 2021
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18:02

Pedro Ruas: ‘O Brasil vai mudar em 2022 e eu quero fazer minha parte’

Por
Luís Gomes
luisgomes@sul21.com.br
Pedro Ruas será candidato ao governo do Estado em chapa formada somente por integrantes do PSOL. Foto: Maia Rubim/Sul21
Pedro Ruas será candidato ao governo do Estado em chapa formada somente por integrantes do PSOL. Foto: Maia Rubim/Sul21

Anunciado recentemente como pré-candidato do PSOL ao governo do Estado, o vereador porto-alegrense Pedro Ruas conversou nesta quinta-feira (4) com a reportagem do Sul21 sobre o cenário eleitoral de 2022. Ruas, que era cotado para concorrer à Assembleia Legislativa, diz que a candidatura ao governo estadual foi incentivada por colegas de partido após duas pesquisas indicarem o nome dele como o pré-candidato de partidos de esquerda com maior percentual de intenção de votos.

“Eu acho que, ano que vem, o Brasil vai mudar e eu quero participar disso intensamente, fazer a minha parte. E eu acho que se faz essa parte mais e melhor, durante o ano de 2022, com a minha experiência, o que eu melhor posso contribuir, é na majoritária, onde tu tem um discurso ampliado, tem os debates, onde tu pode mostrar que os candidatos da direita estão ligados ao fascismo, são negacionistas, são candidatos anti-povo”, diz.

O psolista avalia que participar de uma disputa majoritária irá permitir que ele faça um enfrentamento maior com as candidaturas governistas do que se concorresse à Assembleia Legislativa. “Eu posso contribuir mais em função da minha experiência, são sete mandatos, eu fui secretário de Estado, eu fui presidente do PSOL, fui candidato ao governo em 2010, tenho uma trajetória que dê uma condição de entusiasmo com a contribuição que eu posso dar”, diz.

Ruas defende que o PSOL deve manter a tradição de ter candidatura própria, tanto no âmbito estadual, como na esfera estadual. “Eu não tenho dúvida nenhuma da necessidade de ter candidatura própria do PSOL, como não tenho dúvida nenhuma que, diante de um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, nós vamos ser, como fizemos em 2018 e em 20, os primeiros a sair para a rua para defender a candidatura do Lula no segundo turno. E, no plano estadual, nós temos que colocar uma candidatura de esquerda no segundo turno e estamos muito bem colocados”, afirma.

Em 2018, a esquerda e a centro-esquerda não estiveram representadas por nenhum partido no segundo turno pela primeira vez desde a redemocratização do País. Na ocasião, Eduardo Leite (PSDB) derrotou José Ivo Sartori (MDB). Em 2022, além dos partidos dos últimos dois governadores, também devem ter candidaturas fortes partidos aliados do presidente Bolsonaro, como as do senador Luiz Carlos Heinze (PP) e do ministro Onyx Lorenzoni (DEM). Ruas acredita que, para chegar ao segundo turno, a esquerda precisará demonstrar para a população que essas candidaturas representam o mesmo projeto “fascista” e “anti-povo” do governo Bolsonaro.

“Eu acho que tem que mostrar a verdade, mostrar quem é quem. Mostrar que esses projetos que também estão colocados como pré-candidaturas, esse do Heinze e o do Onyz Lorenzoni, são a representação da mesma linha fascista que está governando o País. Eu não estou dizendo que os dois pessoalmente são fascistas, mas que representam a mesma linha fascista do governo Bolsonaro. Isso tem que ser mostrado, demonstrado e comprovado, e eu posso fazer isso. Eu vou fazer isso. Eu acho que essa é uma das minhas tarefas mais importantes”, diz. “Esses projetos, se eles forem mostrados como eles são, perdem muito da sua base. Não toda, mas perdem muito”.


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