Política
|
14 de novembro de 2014
|
10:12

Causas sociais de Paulo Paim estão em Nau Solitária

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Senador Paulo Paim lança livro na freira de Porto Alegre com causas que defende ao longo de sua trajetória| Foto: Filipe Castilhos/Sul21
Senador Paulo Paim lança livro na freira de Porto Alegre com causas que defende ao longo de sua trajetória| Foto: Filipe Castilhos/Sul21

 

Jaqueline Silveira

As causas sociais defendidas pelo senador Paulo Paim (PT) ao longo de sua trajetória sindical e política estão contempladas no livro “Nau Solitária”, que será lançado neste sábado (15), na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre, a partir das 15h. Editado e publicado pelo Senado Federal, a obra tem distribuição gratuita e contempla em 263 páginas temas como fim do fator previdenciário, políticas pra pessoas com deficiência e idosos, valorização das aposentadorias, luta contra o preconceito e direito à greve. “Eu sempre digo que eu me guio pelas causas e não pelos homens”, ressaltou o petista, referindo-se às bandeiras que acredita. Todos os assuntos foram tratados na forma de artigos, que foram publicados em diferentes veículos de comunicação do país.

Um dos temas abordados no livro se arrasta há bastante tempo no Congresso: o fim do fator previdenciário. Paim acredita que o projeto deverá ser votado em 2015. No Senado, a proposta já foi aprovada, mas na Câmara dos Deputados passará por modificações, obrigando o retorno para nova apreciação do senadores. “Conseguimos incluir (o fator)m na pauta da eleição (presidencial)”, ressaltou o senador, acrescentando que  a presidente Dilma Rousseff se comprometeu em debater o assunto. Esperançoso que, desta vez, o fim do fator possa ser votado, o petista adianta que deve prevalecer a proposta que prevê a aposentadoria integral para mulher com 55 anos de idade e 30 de contribuição. Já em relação ao homem, o tempo de idade é de 60 anos e 35, de contribuição. “É um ganho razoável”, avalia o senador.

Paim é cauteloso em relação aos avanços das reformas diante de um Congresso com um perfil bem mais conservador: “Se não permitir retrocesso, já é positivo”. A cautela de Paim tem motivos. Segundo ele, há propostas tramitando no Congresso que reduzem direitos conquistados pelos trabalhadores. Cético também quanto à reforma política sair do papel, ele diz esperar que, pelo menos, seja votado o financiamento público de campanha e o mandato de cinco anos para os governantes. O petista defende o fim do financiamento privado para frear as campanhas milionárias a cada eleição. Ele argumenta que o Congresso mais conservador é consequência, justamente, do “poder econômico” cada vez mais decisivo para eleger os candidatos.

Quanto ao comportamento de governo e oposição a partir de 2015, aguçado pela disputada eleição  presidencial entre a presidente Dilma e o senador Aécio Neves (PSDB), Paim prevê debates intensos, especialmente no Senado, onde os tucanos terão a bancada reforçada por nomes como José Serra e Antonio  Anastasia, ex-governadores de São Paulo e Minas Gerais, respectivamente, além do próprio Aécio. “Vai ser uma oposição que vai travar debates mais duros”, projeta o petista. Com 28 anos de mandato no Congresso, Paim prevê 2015 como “um ano difícil”. “Além da questão da economia, terá a CPI do Petrolão”, esclareceu ele, referindo-se às denúncias envolvendo a Petrobras. O petista defende punições aos supostos envolvidos no caso: “Doa a quem doer”.

Por fim, o senador entende ser necessário“um pouco de jogo de cintura” da presidente Dilma para tratar com sua base aliada. Depois do segundo turno das eleições, conforme ele, os petistas se reuniram com a própria Dilma e também com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para afinar o discurso.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora