Política
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13 de agosto de 2014
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20:32

Sartori diz que morte de Campos é um desastre político e que é cedo para definir apoio à presidência

Por
Sul 21
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Sartori diz que morte de Campos é um desastre político e que é cedo para definir apoio à presidência
Sartori diz que morte de Campos é um desastre político e que é cedo para definir apoio à presidência
José Ivo Sartori | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
José Ivo Sartori | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Ana Ávila

Candidato ao Governo do Estado pela coligação O Novo Caminho Para o Rio Grande (PMDB / PSD / PPS / PSB / PHS / PT do B / PSL / PSDC), José Ivo Sartori falou na tarde desta quarta-feira (13) sobre a morte do presidenciável Eduardo Campos. Para ele, o acidente é um desastre político. “Acho que é uma dor que atravessa todas as pessoas, é um desastre que pune pessoas e famílias, mas acho que também é um desastre político, na medida em que tira muito sonho, muita vibração, muita energia de um jovem que fazia boa política e que caminhava na direção da sociedade brasileira que desejava mudanças e transformações no comportamento e na forma de governar o Brasil”, afirmou Sartori.

Leia mais sobre a morte de Eduardo Campos

O candidato a governador também anunciou que a campanha está suspensa por tempo indeterminado. “Em respeito a tudo isso, estamos suspendendo a campanha enquanto for necessário, até que nós todos possamos nos recompor desta situação de comoção nacional”, disse ele. Sartori tinha o apoio do candidato do PSB, que esteve no Estado no fim de julho e participou com ele de caminhada pelas ruas de Porto Alegre.

Sartori citou o cantor Chico Buarque de Holanda para dizer que, “agora, falando sério, preferia não falar”. Ele também dedicou sua solidariedade ao candidato ao Senado pelo PSB, Beto Albuquerque. “Nossa solidariedade em nome de toda a nossa coligação, especialmente ao Beto Albuquerque, que eu tenho certeza que é uma pessoa que está sentindo por demais, mas a todos os amigos, colegas e companheiros do PSB, porque além de perderem um líder, perdem uma pessoa simples e um grande companheiro nessa caminhada”.

Sartori, que foi eleito deputado federal em 2002, falou também sobre ter trabalhado ao lado de Campos e de seu avô, Miguel Arraes, na Câmara. “Tive a honra de ser colega dele. Tive a honra de ser colega do Miguel Arraes. Casualmente, faz hoje nove anos que o Miguel Arraes faleceu”, lembrou.

Questionado sobre possíveis mudanças nos rumos da campanha, Sartori evitou comentar. “Me desculpem, mas em respeito à situação que a gente está vivendo, não caberia agora especular sobre essa natureza. Compreendam nossa dificuldade de entender isso. Temos tempo pela frente para curar esse processo”.

PMDB

O PMDB, partido de Sartori, divulgou nota em que se diz “chocado” com a morte de Campos. “O partido está consternado com a notícia do falecimento desse bravo político brasileiro – com trajetória exemplar –, que honrou o seu Estado e atualmente percorria o sonho de um País melhor. Compartilhamos com o Brasil essa dor, e saudamos com carinho todos os seus familiares, partidários, e admiradores”, diz o texto, assinado pelo presidente estadual da sigla, Edson Brum.

Acidente

O acidente aéreo que vitimou Eduardo Campos aconteceu por volta das 10h em Santos, no litoral paulista. A aeronave modelo Cessna 560 XL Citacion, prefixo PR-AFA, caiu depois de arremeter na primeira tentativa de pouso. Todos os cinco passageiros e dois tripulantes morreram, entre eles o fotógrafo oficial da campanha e o assessor de imprensa de Campos. A candidata a vice na chapa de Campos, Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, não estava a bordo.

 


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