O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) criou, em 2020, o Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, com o objetivo de intensificar a recuperação ambiental e potencializar a produção de alimentos saudáveis nos territórios da Reforma Agrária espalhados pelo país. A meta estabelecida no lançamento do programa foi plantar 100 milhões de árvores em dez anos. Nos três primeiros anos de implementação do programa, o MST já contabiliza o plantio de 10 milhões de árvores nestes territórios.
Há três anos as famílias Sem Terra tem plantado mudas de árvores nativas, frutíferas, ornamentais, hortaliças e medicinais nas escolas do campo, cooperativas, centros de formação, praças, avenidas e cidades, construindo uma rede de viveiros da Reforma Agrária e recuperando áreas degradas, encostas rios, córregos e nascentes de água.
Bárbara Loureiro, da coordenação do Plano, explica que após este período de organização, enraizamento e planejamento, juntamente com a produção de comida nos territórios do MST, 10 milhões de árvores foram plantadas, entre árvores nativas e frutíferas nos diversos biomas, e com mais de 300 viveiros de mudas, em funcionamento.
“Chegamos ao terceiro ano do nosso Plano, após um longo tempo de organização, enraizamento e planejamento, junto com a produção de comida. São viveiros que dialogam com a realidade concreta das nossas áreas e produzem mudas nativas, frutíferas, de hortaliças, ornamentais, relacionadas à organização das cadeias produtivas nos nossos territórios”, avalia Loureiro.
Durante a execução do Plano, a mobilização da Juventude Sem Terra tem sido fundamental. Aline Oliveira, do coletivo de juventude do MST e do Plano Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, afirma que no último ano o Plano avançou na formação sobre a crise ambiental, nas denúncias dos conflitos socioambientais e de empresas que destroem o meio ambiente e na geração de renda para as famílias Sem Terra nos territórios, com destaque para o protagonismo das escolas do campo e da atuação constante da juventude Sem Terra.
“A juventude Sem Terra tem atuado como anunciador do nosso projeto, avançado no diálogo com a sociedade, sobretudo, e nas denúncias e apontado experiências que reúnem os cuidados com os bens comuns a partir dos viveiros, mas também com a geração de renda”, destaca.
Com informações do MST