A Rússia bombardeou neste domingo (13) uma base aérea ucraniana em Yavoriv, a 15 quilômetros da fronteira com a Polônia. O ataque deixou 35 mortos e mais de 130 feridos, muitos destes transferidos para Lviv, segundo autoridades locais.
A cidade Lviv, a 40 km de distância da Polônia, é a principal rota de fuga centro dos refugiados que saem do país. Segundo dados das Nações Unidas, dos 2,6 milhões de refugiados que deixaram a Ucrânia desde o início da guerra, 1,6 milhão atravessaram a fronteira para a Polônia.
A base atacada de Yavoriv é um local onde os instrutores da Otan dão formação a militares ucranianos. Na base funciona o Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança, criado no âmbito do programa Parceria para a Paz, realizado em conjunto pela Ucrânia e pela Otan.
O ataque foi feito com a disparos de mísseis de longo alcance. Este foi o ataque mais próximo a uma fronteira da União Europeia e de um país membro da Otan, a Polônia, o que pode provocar uma reação por parte da aliança militar do Ocidente. O artigo 5º do tratado da aliança militar estabelece que a organização é obrigada a defender qualquer Estado membro que seja atacado – ação que poderia dar início a uma Terceira Guerra Mundial.
A base militar poderia ser um dos locais secretos onde estavam armazenadas algumas das armas que têm sido cedidas pelos aliados do Ocidente à Ucrânia.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, classificou o ataque russo ao Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança de “ataque terrorista”. “Este é um novo ataque terrorista contra a paz e a segurança perto da fronteira UE-Otan. Medidas devem ser tomadas para acabar com isto. Fechem o céu!”, conclamou.
Reznikov adiantou que instrutores militares estrangeiros trabalham na base militar de Yavoriv. Um representante do Ministério da Defesa da Ucrânia disse à Reuters que estavam tentavam determinar se algum destes instrutores estava nas instalações no momento do ataque.
* Com informações da Agência Brasil e RTP