Internacional
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24 de fevereiro de 2022
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08:28

Rússia anuncia início de operação militar na Ucrânia. EUA prometem ‘resposta unida e decisiva’

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Sul 21
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Rússia anunciou o início de uma operação militar especial na região de Donbass, (Foto: Stringer/TASS)
Rússia anunciou o início de uma operação militar especial na região de Donbass, (Foto: Stringer/TASS)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou na noite desta quinta-feira (24), em uma mensagem transmitida pela televisão a todo país, o início de uma operação militar na Ucrânia, na região de Donbass, onde estão localizadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, cuja independência foi reconhecida por Putin no início da semana. Segundo Putin, a Rússia não pretende ocupar a Ucrânia, mas sim proteger os civis de etnias russa que vivem nessa região e também para “desmilitarizar e desnazificar” o país.

As circunstâncias nos obrigam a tomar medidas decisivas e imediatas. As repúblicas populares de Donbass pediram ajuda à Rússia. A este respeito, de acordo com o artigo 51, parte sete da Carta da ONU [Organização das Nações Unidas], com a sanção do Conselho da Federação e em cumprimento de tratados de amizade e assistência mútua com a RPD e a RPL, ratificados pela Assembleia Federal, decidi realizar uma operação militar especial”, afirmou Putin em seu pronunciamento.

O Exército russo confirmou os primeiros bombardeios, mas garantiu que os ataques têm apenas como alvo bases aéreas ucranianas e outras áreas militares, não zonas povoadas. Já o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros afirmou que a Rússia lançou operação em larga escala, pelas fronteiras com Rússia, Bielorrússia e Crimeia. As informações ainda são desencontradas, mas segundo relatos de agências internacionais, foram registadas fortes explosões em pelo menos cinco cidades da Ucrânia, incluindo a capital, Kiev.

Em um comunicado citado pela agência de notícias estatal russa Tass, o Ministério russo da Defesa disse que está usando “armas de alta precisão” para inutilizar a “infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviação das Forças Armadas da Ucrânia”. “A Rússia lançou ataques contra nossa infraestrutura militar e postos fronteiriços”, confirmou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em vídeo divulgado pelo Telegram. Zelensky impôs a lei marcial em todo o território e pediu aos ucranianos que evitem “pânico” e confiem na capacidade do Exército para defender o país. A Ucrânia anunciou o fechamento do espaço aéreo para a aviação civil, alegando elevado risco para a segurança do setor.

Após a confirmação do início da operação militar contra a Ucrânia, os líderes da União Europeia (UE) Charles Michel e Ursula von der Leyen condenaram a ação e advertiram a Rússia de que ela será “responsabilizada” pelos seus atos. “Condenamos veementemente o ataque injustificado da Rússia à Ucrânia”, afirmaram. A União Europeia confirmou também a adoção de sanções contra Moscou.

O secretário geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, qualificou a operação militar russa na Ucrânia como uma “grave violação do direito internacional”. Ao mesmo tempo, a OTAN anunciou o deslocamento de forças aéreas e terrestres para os limites do bloco na região leste da Europa.

A China defendeu a construção de uma saída pacífica para o conflito, para evitar uma escalada da guerra que acabe envolvendo toda a Europa e outras regiões.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou a operação militar afirmando que “Putin escolheu uma guerra que trará perdas de vidas e sofrimento”. Segundo Biden, os EUA e seus aliados “responderão de forma unida e decisiva” à ação russa.

O governo do Brasil ainda não se manifestou sobre a operação e a escalada militar na região.

Com informações da Agência Brasil e de agências internacionais


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