Geral
|
30 de maio de 2022
|
18:33

Melo sugere que Câmara crie comissão especial para debater segurança dos parques

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Prefeito Sebastião Melo e o presidente da Câmara, vereador Idenir Cecchim (MDB). Foto: Cristina Beck/CMPA
Prefeito Sebastião Melo e o presidente da Câmara, vereador Idenir Cecchim (MDB). Foto: Cristina Beck/CMPA

A situação dos parques de Porto Alegre segue no horizonte do prefeito Sebastião Melo (MDB). Depois de dar declarações sobre a possibilidade de cercar algumas áreas verdes da cidade, Melo sugeriu nesta segunda-feira (30) que a Câmara Municipal crie uma comissão especial para debater o tema e sugerir alternativas de segurança.

Leia mais:
Discussão sobre cercamento dos parques esconde projeto de privatização de espaços públicos

“Nós não temos pernas, não temos dinheiro. Só os furtos da Redenção vão custar aos cofres públicos mais de R$ 600 mil, e vai demorar muito tempo. Não tem um dia pela manhã que eu não recebo notícias de mais furtos de fios”, declarou o prefeito.

Líder da oposição, o vereador Aldacir Oliboni (PT) definiu o assunto como “instigante, provocante e participativo”.  Segundo o parlamentar, a discussão do Plano Diretor e dos espaços públicos envolve diretamente a vida do cidadão. Por isso, o parlamentar disse não ser possível fazer um Plano Diretor fatiado, em referência às propostas urbanísticos do governo Melo específicas para o Centro Histórico e o 4º Distrito. “E as demais regiões ficarem sabe-se lá para quando”, criticou. Oliboni destacou a necessidade de haver um plano que inclua as áreas mais necessitadas, com maior demanda de serviços.

Já o líder do governo, vereador Cláudio Janta (SD), falou que existem temas que a cidade tem pressa, e que não é possível esperar pelo Plano Diretor. “Nós não estamos de fora da periferia, pelo contrário, a cidade tem feito obras, muitas vezes obras que causam transtorno nas pessoas, na questão, por exemplo, da água no Morro da Cruz. Até o final do ano vai estar resolvido algo que vem desde o tempo que morava no morro.”

No começo de maio, Melo publicou um artigo intitulado “Chegou a hora de cercar os parques?”. No texto, o prefeito argumenta que a nova iluminação instalada na Redenção – 56 refletores, fiação e novos equipamentos – havia sido roubada em 48 horas, e lembra que a legislação não permite a contratação de vigilância privada para os parques abertos. “Por que, então, não cercar?”, questionou o chefe do Executivo.

Segundo a Prefeitura, os prejuízos aos cofres públicos por roubos em parques são de R$ 1 milhão por mês.

Na ocasião, em resposta a um questionamento do Sul21, Melo disse que o objetivo do artigo foi abrir discussão e que não defende o cercamento dos parques como solução única, mas quer debater o assunto.

“São 700 praças na cidade, são nove parques e cada caso é um caso, né? Eu não acho que a solução única seja cercar os parques, mas nós estamos vivendo um vandalismo enorme na cidade”, disse. “A Prefeitura não vai fazer de forma autoritária cercamento de parque. Ela quer discutir o assunto. Nossa cidade é uma cidade democrática, sempre constrói consensos, e consenso nem sempre é cem por cento, mas essa discussão está aberta por parte da Prefeitura.”


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora