Assim como tem ocorrido anualmente, Porto Alegre teve nesta terça-feira, 8 de março, mais um ato para marcar o Dia Internacional da Mulher. Os manifestantes inicialmente se reuniram em frente à Prefeitura, no centro da cidade, momento em que predominaram os discursos ressaltando a falta d’água em vários bairros da Capital e o quanto isso afeta a vida das famílias.
O tema da água voltou a ser destaque horas depois, quando os manifestantes se concentraram na Esquina Democrática e ali permaneceram até sair em marcha em direção ao Largo Zumbi dos Palmares, na Cidade Baixa.
“A luta por água hoje é mundial. O agronegócio está tirando uma das coisas mais importantes pra se viver. Essa é uma das lutas centrais mulheres”, afirmou Maria do Carmo, representante da Marcha Mundial das Mulheres.
Saúde, educação e a violência contra as mulheres foram outros temas recorrentes nos discursos. Houve seguidas referências à vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), assassinada no Rio de Janeiro. A guerra na Ucrânia também foi lembrada, com faixas de repúdio ao conflito.
Críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) foram constantes, com citações ao movimento “Ele Não”, criado durante as eleições de 2018.
“Democracia com equidade, com direitos, essa é a democracia que a gente defende”, disse a vereadora Karen Santos (PSOL).
A colega de partido e que recentemente assumiu o mandato na Câmara, Aline Kreber, usou o microfone para defender uma escola democrática, plural e laica. Ex-presidente do movimento Mãe e Pais pela Democracia, ela criticou a agressão sofrido essa semana, quando outro vereador expos a imagem de seu filho de apenas 2 anos. “Não vão nos calar!”
Por volta das 19h25, os manifestantes começaram a caminhada da Esquina Democrática até a Cidade Baixa.
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