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18 de fevereiro de 2022
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08:21

Festa da Colheita do Arroz Agroecológico fará celebração da vida e da Reforma Agrária Popular

Por
Sul 21
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Em todo o RS, a produção do alimento é feita por 296 famílias, em 14 assentamentos. (Foto Maiara Rauber)
Em todo o RS, a produção do alimento é feita por 296 famílias, em 14 assentamentos. (Foto Maiara Rauber)

A nossa produção orgânica é uma alternativa, onde a vida das pessoas e o cuidado com a natureza estão acima do lucro”. É assim que Marildo Mulinari, integrante do setor organizativo da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap) define o sentido da 19ª edição da Festa da Colheita do Arroz Agroecológica, que será realizada no próximo dia 18 de março, a partir das 12h30min, na sede da Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana de Porto Alegre (rua Cinco de Maio, 02, Sanga Funda).

Após dois anos sem poder realizar presencialmente a festa de abertura da colheita do arroz agroecológico, em função da pandemia, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) retoma a celebração este ano. O evento seguirá os protocolos sanitários de prevenção contra a covid-19, definidos pelas autoridades da área da saúde. A celebração contará com a participação de integrantes do MST, entidades parceiras do movimento, populares, sindicais e políticos.

O MST é considerado o maior produtor de arroz orgânico da América Latina . A estimativa para a safra 2021/2022 é colher mais de 15 toneladas, cerca de 310 mil sacas de 50kg do produto, em pouco mais de 3 mil hectares. Marildo Mulinari destaca que essa edição da Colheita do Arroz Agroecológico tem uma enorme importância para o MST e será um momento de celebração da vida com a sociedade, em torno de uma produção que é uma construção coletiva das cooperativas e das famílias assentadas.

MST estima colher na safra 2021_2022 mais de 15 toneladas, cerca de 310 mil sacas de 50 kg do produto. (Foto Maiara Rauber)

A produção do arroz agroecológico do MST no Rio Grande do Sul é coordenada por nove cooperativas construídas em assentamentos que nasceram do processo de luta do movimento por uma Reforma Agrária Popular e por um modelo de produção de alimentos saudáveis, sem uso de agrotóxicos. 

Segundo Martielo Webery, do setor de comercialização da Cootap, este ano a colheita iniciou no dia 1º de fevereiro, no Assentamento 30 de maio, localizado em Charqueadas, também na Região Metropolitana de Porto Alegre. O assentamento que tem a maior área plantada é o Filhos de Sepé, localizado em Viamão. A expectativa é que, somente neste assentamento, sejam colhidas cerca de 124 mil sacas. Até aqui, ao todo, já foram colhidas cerca de 4.200 sacas, o que representa aproximadamente 1,72% do arroz orgânico plantado este ano. 

O cultivo principal nestas áreas é de arroz orgânico nas variedades agulhinha e cateto. Em todo o Rio Grande do Sul, a produção do alimento é feita por 296 famílias, em 14 assentamentos, localizados em 11 municípios das regiões Metropolitana, Sul, Centro Sul e Fronteira Oeste.

Com informações do MST-RS


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