Da Redação*
Policiais federais estão neste momento no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Há equipes também em outros pontos da cidade.
De acordo com a Polícia Federal (PF), a Operação Placebo tem por objetivo apurar indícios de desvios de recursos destinados ao combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19) no estado do Rio.
Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.
As investigações indicam a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado do Rio.
Interferência na PF
A operação ocorre 22 dias após Rolando de Souza tomar posse como diretor-geral da Polícia Federal e, em uma das primeiras medidas, trocar o comando da superintendência da instituição no Rio de Janeiro. Troca de comando que, justamente, está no centro das investigações da Supremo Tribunal Federal sobre a possível interferência indevida do presidente Jair Bolsonaro na instituição para proteger familiares, como denunciado pelo ex-ministro Sergio Moro.
Além disso, a operação desta terça aparentemente foi antecipada pela deputada federal Carla Zambelli em entrevista concedida na segunda-feira (25) à Rádio Gaúcha. “A gente já teve algumas operações da Polícia Federal que estavam ali, na agulha, para sair, mas não saíam. E a gente deve ter, nos próximos meses, o que a gente vai chamar, talvez, de ‘Covidão’ ou de… não sei qual vai ser o nome que eles vão dar… mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”, disse.
*Com informações da Agência Brasil.