Novamente, as ruas do centro de Porto Alegre foram tomadas por professores estaduais nesta terça-feira (13). Desse vez, com a particularidade da manifestação ter sido prioritariamente composta por educadoras já aposentadas. Foram elas as protagonistas da Marcha das Aposentadas e do Ato Pela Educação.
A caminhada partiu da sede do Cpers em direção à Praça da Matriz, com a demanda voltada à defesa dos direitos dos educadores, contra o “confisco” dos salários dos aposentados, pela valorização dos funcionários de escola, o pagamento integral do piso da categoria e ainda em defesa do IPE Saúde “público e de qualidade”.
No Palácio Piratini, uma comissão de educadores entregou um documento com o pedido de suspensão da Reforma da Previdência, acompanhado de mais de 80 moções de prefeituras contra o desconto previdenciário dos aposentados. Na sequência, documento semelhante foi entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdeci Oliveira (PT).
A manifestação foi visualmente marcada por mantas coloridas feitas em tricô por integrantes dos 42 Núcleos do Cpers, que ficaram meses confeccionando o material batizado de “Tricôs da Resistência”.
Segundo o Cpers, cada manta foi feita com os “pontos da indignação”, representando um pouco do que os recentes governos e suas bases aliadas tiraram dos aposentados com o aumento do desconto da Previdência, o reenquadramento de aposentadorias e o arrocho salarial da categoria.
“O ato foi maravilhoso, preencheu várias quadras das ruas de Porto Alegre. Esse grau de mobilização, de mudar a educação através da luta, mas também através nas urnas, é a grande lição que tiramos”, disse Alex Saratt, presidente em exercício do Cpers.
Para ele, o ato foi histórico por ser a primeira marcha de aposentados e aposentadas que vieram em grande número à Capital para “fazer a luta das suas causas de maneira generosa”.
Saratt ainda destacou ser preciso alcançar a vitória nas eleições com projetos que beneficiem as pautas dos trabalhadores. “A pauta é longa, o caminho é longo, mas a vitória é certa”, afirmou, confiante em dias melhores para os professores do Rio Grande do Sul.