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5 de julho de 2018
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15:27

Nova Procuradora da Mulher da Câmara, Melchionna quer maior articulação com movimentos sociais

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Sul 21
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Nova Procuradora da Mulher da Câmara, Melchionna quer maior articulação com movimentos sociais
Nova Procuradora da Mulher da Câmara, Melchionna quer maior articulação com movimentos sociais
Lourdes Sprenger (e), Nádia, Mônica Leal, Fernanda e Sofia Cavedon: a bancada feminina da Câmara | Foto: Tonico Alvares/CMPA

Da Redação

A vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) foi empossada como presidente da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Porto Alegre nesta quarta-feira (4). Fernanda foi empossada pela procuradora anterior, a também vereadora Comandante Nádia (MDB).

“A Procuradoria vai servir como instrumento de articulação das entidades e movimentos de lutas de mulheres da cidade. Para fortalecer a luta contra a violência de gênero, desigualdade salarial, direito ao corpo, promover a agenda de fiscalização dos serviços públicos prestados, que a gente sabe que vem sendo sucateados pelos governos com a diminuição de repasses”, diz Fernanda.

A vereadora cita, por exemplo, a situação dos centros de referência que poderiam receber mulheres e estão com problemas de atendimento. Para preencher este vácuo, o coletivo de mulheres Olga Benário ocupou uma casa no Centro de Porto Alegre, em novembro de 2016, e vem mantendo a Ocupação Mirabal como alternativa.

Fernanda pretende dar à Procuradoria um papel mais ativo também de fiscalização aos serviços. A vereadora diz que já teria planejado campanhas de combate ao assédio no transporte coletivo, realização de debates em escola pela data do 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra e Latino-Americana, além de trabalhar com a articulação junto aos movimentos que lutam pelos direitos das mulheres.

No discurso de posse, Fernanda falou sobre a sub representação feminina na política e nos espaços de decisão. “Não é normal que um país tenha somente 11% de seus representantes políticos mulheres. Assim como não é normal que as mulheres recebam, em média, um salário 30% abaixo da média salarial masculina, sendo que as mulheres negras chegam a receber até 50% abaixo disso. (…) Não pode ser normal que, embora um terço das famílias sejam chefiadas por nós e, além de passar por duplas ou até triplas jornadas, tenhamos que enfrentar planos governamentais que atacam os direitos das trabalhadoras”.

A antecessora de Melchionna também destacou algumas das ações de seu termo na Procuradoria. “Seja na área da saúde, no aspecto profissional ou no combate à violência, foi muito profícuo. Realizamos trabalhos fora e dentro da Câmara, valorizando mulheres muitas vezes invisíveis, mas que dão todo o suporte ao trabalho dos vereadores”, lembrou ela. “Que todas as mulheres possam ser contempladas com a Procuradoria”, disse ainda a Comandante Nádia.

*Com informações da Câmara de Vereadores.


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