Da Redação
O diretor técnico da Companhia de Processamento de Dados de Porto Alegre (Procempa) e presidente do Conselho de Administração da Carris, Michel Costa, formalizou nesta quarta-feira (9) sua renúncia aos cargos que acumulava na Prefeitura de Porto Alegre. Uma nota lacônica publicada no site da Prefeitura afirma que “o gestor justificou o afastamento a fim de garantir transparência nas avaliações do município e de seus órgãos de controle”.
A Procuradoria Geral do Município, o Ministério Público e o Ministério Público de Contas estão investigando a atuação de Michel Costa no governo de Nelson Marchezan Júnior. Uma reportagem do jornal Zero Hora revelou que uma empresa da qual ele é sócio, a Safeconecta, realiza testes para a instalação de GPS nos ônibus da Carris.
Outra empresa de Costa, segundo informações da Contadoria e Auditoria Geral do Estado (Cage) teria recebido, em 2016, do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), cerca de R$ 420 mil de superfaturamento em um serviço terceirizado. Essa mesma empresa trabalhou na campanha eleitoral de Marchezan, em 2016, e desenvolveu a plataforma do Banco de Talentos, apontado pelo prefeito Marchezan como exemplo de inovação na gestão municipal.
No início do oitavo mês, o governo Marchezan já acumula algumas baixas. Uma das saídas mais significativas foi a do ex-secretário de Relações Institucionais e Articulação Política, Kevin Krieger (PP), responsável por articular a aliança do PP com o PSDB na corrida eleitoral. Além dele, o advogado Bruno Miragem deixou em junho o cargo de procurador-geral do município. No mesmo mês, Álvaro de Azevedo foi demitido da direção-geral do DMLU. Na Carris, o então diretor-presidente, Luis Fernando Ferreira, anunciou sua saída vinte dias após assumir a função. Em julho, Jaqueline Simões, procuradora-geral da empresa pública, abriu mão do cargo.