Da Redação
Um desentendimento, na semana passada, quanto às matrículas para o segundo semestre na Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal, está aparentemente solucionado: o cadastro não está condicionado, conforme diz a Secretaria Municipal de Educação, à presença no Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores (Cmet) Paulo Freire. A própria Prefeitura havia informado, no último dia 22, que as matrículas estariam concentradas na escola, que fica no bairro Santana, e não mais em cada unidade, gerando protestos. Diretores de instituições nas quais a modalidade é oferecida chegaram a temer que a mudança significasse o “fim da EJA” – e que se tratasse de uma estratégia para alegar falta de procura por parte dos alunos.
As aulas da rede pública municipal retornaram do recesso nesta segunda-feira (31).
De acordo com a Smed, o Cmet centralizará a matrícula, ainda que os alunos não precisem ir até a instituição para fazer o cadastro – a atribuição seria dos diretores, que devem enviar por e-mail uma lista com os alunos de cada escola. A indisponibilidade de se abrir turmas, segundo a secretaria, ocorreu porque havia ainda alunos em recuperação no semestre passado e os módulos não teriam sido encerrados.
A alegação da secretaria é que se trata de “racionalizar” o sistema – e que como medida para evitar a existência de escolas nas quais há poucos alunos, a EJA funcionará em instituições pólo em cada região. Não houve enturmação até agora, diz a administração municipal, mas a pasta admite que há avaliação dessa possibilidade. Gestores, porém, dizem que essa racionalização não leva em conta a realidade da maior parte dos alunos e que resultará em uma grande evasão do programa. Como a situação ainda não está clara, eles temem que a oferta de ensino seja reduzida.
As matrículas na modalidade EJA, de acordo com a secretaria, ficam abertas durante o ano todo, inclusive no período letivo; uma vez matriculado, o aluno não precisa refazer o processo a cada semestre.