Marco Weissheimer
Um batalhão de choque da Brigada Militar bloqueou a entrada da rua General Câmara, na esquina com a Riachuelo, centro de Porto Alegre, repetindo o que havia feito na noite do dia 14 de junho durante a ação de reintegração de posse no prédio que abrigada a Ocupação Lanceiros Negros. O bloqueio ocorreu quando estava terminando o ato das centrais sindicais em frente ao Palácio Piratini, em protesto contra a prisão do professor Altemir Cozer, pela manhã, acusado de “posse de explosivos”. No início da tarde, os manifestantes promoveram uma caminhada do Largo Glênio Peres até a Praça da Matriz para realizar um protesto em frente à sede do Executivo Estadual. Todo o trajeto foi percorrido sem qualquer incidente com a polícia.
Um integrante do Batalhão de Choque confirmou que o novo bloqueio foi uma “medida preventiva” para evitar que manifestantes descessem a General Câmara na direção do prédio da Ocupação Lanceiros, que virou objeto de constante vigilância da Brigada Militar desde o dia da ocupação. Só foi liberada a passagem de pessoas que trabalhavam ou moravam na quadra entre a Riachuelo e a Andrade Neves. Ao ver o novo bloqueio que estava sendo promovido pelo choque da Brigada, um comerciante da região comentou: “essa aqui é hoje a quadra mais segura da cidade”. Até às 16h desta sexta, nenhum grupo de manifestantes havia tentado se aproximar da Lanceiros Negros.