Cidades|z_Areazero
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23 de janeiro de 2017
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15:09

Em reunião com Schirmer, Marchezan diz que Capital tem condições de ser ‘a mais segura do Brasil’

Por
Luís Gomes
luisgomes@sul21.com.br
Em reunião com Schirmer, Marchezan diz que Capital tem condições de ser ‘a mais segura do Brasil’
Em reunião com Schirmer, Marchezan diz que Capital tem condições de ser ‘a mais segura do Brasil’
Schirmer e Marchezan em reunião nesta manhã. Foto: Luciano Lanes/PMPA

Luís Eduardo Gomes

“Nós temos plena convicção de que Porto Alegre tem estrutura e condições de transformar nossa cidade na capital mais segura do Brasil”. A frase foi dita pelo prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB) durante reunião na manhã desta segunda-feira (23) com o secretário estadual de Segurança Pública, Cezar Schirmer (PMDB) e autoridades da área. Segundo ele, isso seria possível com uma maior integração de políticas entre os poderes municipal e estadual e com a utilização de instrumentos tecnológicos já disponíveis atualmente.

De acordo com o Mapa da Violência de 2016 (com dados de 2014), Porto Alegre é a 10ª capital do País em número de homicídios por armas de fogo, mas os números têm aumentando nos últimos dois anos de acordo com levantamentos realizados pelo Diário Gaúcho. Outro índice divulgado em setembro do ano passado, que mede a percepção de criminalidade, colocou a Capital como a 9ª mais violenta do mundo.

Sobre como é possível mudar esse quadro em um ambiente em que não há condições de aumentar investimentos, segundo ele próprio, Marchezan voltou a lembrar de promessas que fez na campanha, como a implantação de mecanismos de reconhecimento facial por parte das empresas de transporte coletivo e a utilização de câmeras e equipamentos de monitoramento e fiscalização do trânsito para o enfrentamento da criminalidade. O prefeito também afirmou que a Prefeitura está disposta “a buscar recursos, fora do tesouro municipal, para a área de segurança pública”.

Marchezan disse ainda que a nova gestão está estudando a ampliação do papel da Guarda Municipal, aumentando a parceria com a Brigada Militar e com a Polícia Civil, mas ponderou que a limitação quanto ao “volume de pessoas” impede que se utilize a corporação para o policiamento ostensivo e que afirmar que se pretende fazer isso seria “iludir a população”.

Questionado então se existia perspectiva ou intenção de aumentar o efetivo da Guarda Municipal nos próximos anos, Marchezan foi taxativo: “Não”.

Já o secretário Schirmer ponderou que os poderes estadual e municipal precisam atuar de forma mais integrada. “Precisamos trabalhar em todas as linhas de atuação, considerando a segurança pública como um sistema complexo”, disse.

Apesar da manifestação de ambos no sentido de aprimorar a integração das políticas de segurança, não foram apresentadas diretrizes concretas de como isso será feito a partir de agora.


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