Cidades|z_Areazero
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2 de junho de 2016
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21:06

Municipários da Capital rejeitam reajuste parcelado em quatro vezes

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Municipários fizeram assembleia na tarde desta quinta-feira, rejeitando os 9,28% parcelados|Foto: Jaqueline Silveira/ Sul21
Municipários fizeram assembleia na tarde desta quinta-feira, rejeitando os 9,28% parcelados|Foto: Jaqueline Silveira/ Sul21

Jaqueline Silveira

Em assembleia na tarde desta quinta-feira (2), os municipários da Capital rejeitaram a nova proposta de reajuste salarial de 9,28%, oferecida pelo governo José Fortunati (PDT). O Executivo propôs repassar o percentual parcelado em quatro vezes, sendo 1% para o mês de maio, data-base da categoria. No dia 25 de maio, os servidores já tinham rejeitado a proposta anterior que previa o mesmo índice, porém o pagamento seria em três vezes com a primeira parcela prevista para outubro deste ano.

Também na assembleia, as centenas de servidores definiram fazer uma paralisação no dia 9 de junho com ato em frente à Prefeitura e caminhada pelas ruas centrais de Porto Alegre pela manhã. Já à tarde, será realizada nova assembleia. Até a paralisação, o objetivo do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) é construir a mobilização nas bases para fortalecer o movimento e, como consequência, pressionar o governo a melhorar a proposta salarial.

Uma das diretoras do Simpa, Maria José da Silva, afirmou que a categoria reivindica o pagamento integral dos 9,28%, que é a reposição da inflação. “Os prazos foram considerados um afronta pela assembleia”, acrescentou a dirigente sindical. A categoria também reivindica, entre outras coisas, reajuste do vale alimentação de R$ 20,22 para R$ 25.

Proposta da Prefeitura

1% em maio

2% em outubro

2,60% em dezembro

3,39% em janeiro de 2017

Boa parte dos servidores que se pronunciou considerou a oferta do Executivo “insuficiente.” Já o servidor do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Demae), Edson de Oliveira, apesar de considerar “irrisória” a oferta do Executivo, defendeu a análise da proposta diante da conjuntura, que “não é favorável à classe trabalhadora.” “Há uma proposta irrisória e insuficiente, mas dentro da conjuntura, essa proposta precisa ser debatida”, argumentou ele, recebendo vaias de colegas. “Se a crise não é nossa, nós não temos que pagar por ela”, rebateu outro servidor. Em certo momento da assembleia, os municipários gritaram em coro: “Essa crise não é nossa.”

Categoria volta a se reunir no dia 9 de junho, quando paralisa as atividades|Foto: Mariana Pires/Simpa
Categoria volta a se reunir no dia 9 de junho, quando paralisa as atividades|Foto: Mariana Pires/Simpa

Moção de repúdio

Ainda na assembleia, os municipários aprovaram moções de repúdio ao projeto que permite que organizações sociais (OS) assumam o gerenciamento de serviços essenciais do Estado e à proposta da implantação da Escola sem Partido, ambas as matérias tramitam no Legislativo.  Também aprovaram uma moção de repúdio à escolha pelo presidente interino, Michel Temer (PMDB), da ex-deputada federal Fátima Pelaes (PMDB -AP) para a Secretaria das Mulheres. A direção do Simpa, lembrou que a peemedebista é contrária ao aborto, entrou outras questões.


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