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4 de julho de 2014
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15:31

Presidente Dilma Rousseff inaugura Hospital Restinga e Extremo Sul

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Sul 21
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Foto: Unidade inaugurada  pela presidente
Unidade inaugurada pela presidente atenderá mais de cem mil moradores de seis bairros do Extremo Sul de POA – Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

 Blog do Planalto

A presidenta Dilma Rousseff inaugurou nesta sexta-feira (04), em Porto Alegre, o Hospital Restinga e Extremo-Sul. A nova unidade de saúde, de atendimento 100% SUS, beneficiará aproximadamente 110 mil habitantes de seis bairros – Restinga, Lami, Lageado, Belém Novo, Ponta Grossa e Chapéu do Sol. O Ministério da Saúde destinará R$ 27,6 milhões ao ano para o custeio das atividades da unidade, que tem gestão municipal.

O custo total da nova unidade hospitalar da Restinga foi de R$ 110 milhões, sendo R$ 100 milhões do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) do Ministério da Saúde, por meio de isenção fiscal do Hospital Moinhos de Vento. Os outros R$ 10 milhões foram investidos pelo governo do estado do Rio Grande do Sul. Houve também investimento de R$ 5,9 milhões na aquisição de equipamentos, sendo R$ 4,4 milhões com recursos de um projeto desenvolvido em parceria entre a Associação Hospitalar Moinhos de Vento, PROADI e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde investiu R$ 1,5 milhão.

O hospital, que conta com cinco grandes unidades – Unidade de Pronto Atendimento (UPA24h), Centro de Especialidades, Unidade de Diagnóstico, o Hospital em si e uma Escola de Gestão em Saúde – compõe um sistema regional de saúde, funcionando integrado com Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF). Toda a operação desse sistema será regida por protocolos médicos para garantir a uniformidade e qualidade do atendimento. Ainda, um sistema informatizado permitirá rastrear o paciente em todos os níveis de atenção, permitindo uma melhor gestão da assistência e otimizando recursos. Em entrevista ao Blog do Planalto, o superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento, Fernando Andreatta Torelly, falou sobre o funcionamento do hospital e do sistema.

“O que está sendo entregue hoje para a população é a UPA hospitalar e as primeiras estruturas do hospital. (…) O que temos que destacar neste projeto é a sua integração com a rede de postos de saúde – a promoção, a prevenção e o atendimento hospitalar na retaguarda, esse é o grande diferencial do projeto. (…) Nós temos assistente social, equipe de saúde, orientando aqueles pacientes de menor gravidade que procurem a rede de postos de serviços. Esta é uma região de Porto Alegre que tem aproximadamente 70% de cobertura de Estratégia Saúde da Família. Então nós acreditamos que com essa estrutura hospitalar de retaguarda e com o trabalho qualificado nos postos de estratégia de saúde da família, nós poderemos criar uma nova cultura, onde o paciente procura o local certo de atendimento e procura o hospital em uma situação de maior gravidade”, explicou o superintendente.

Além do valor estabelecido pelo ministério, o hospital contará com outras fontes de recurso para custeio, sendo R$ 14,4 milhões ao ano da Secretaria Municipal de Saúde, e R$ 13,2 milhões ao ano da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.

Nesta primeira etapa, a Unidade de Pronto Atendimento da Restinga, que antes funcionava na Rua Álvaro Difini, passa a funcionar dentro da unidade hospitalar. Serão 25 leitos de observação e área de emergência adulto e pediátrica. Para casos que necessitem de internação, o hospital oferecerá 62 leitos. Além disso, os pacientes terão acesso a exames laboratoriais, eletrocardiograma, raio-X e tomografias digitais. Sua capacidade é de realizar 13 mil atendimentos por mês.

Para a segunda etapa, a partir de 2015, estão previstas instalação de enfermaria com 44 leitos, 10 leitos de Unidade Terapia Intensiva, unidade de reabilitação, centro de especialidade, maternidade, centro cirúrgico, entre outras áreas. Quando funcionar com capacidade máxima, terá 170 leitos e poderá realizar 304,8 mil exames ao ano, sendo 72 mil de imagem.

O projeto de arquitetura do hospital é horizontal, com pavimentos projetados para aproveitar desníveis do terreno, permitindo menos gasto de energia em

Vereadores entregam título de cidadã emérita para Dilma Rosseff| Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Vereadores entregam título honorífico de cidadã de Porto Alegre para Dilma Rousseff| Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

deslocamentos verticais. Também foi construído com preservação das áreas verdes, climatização central, sensores de iluminação, reaproveitamento de água da chuva, uso de placas solares para geração de água quente, brises vegetados nas fachadas do prédio para melhorar conforto térmico, preparação para receber cobertura verde e estação de tratamento de esgoto.

“Esse hospital é uma obra moderna. O padrão construtivo dele é equivalente aos melhores hospitais públicos e privados do Brasil, teve toda uma preocupação com gestão ambiental, é um hospital horizontal que tem a tecnologia necessária para atender os pacientes. Então ele é realmente um projeto diferenciado, trabalhando para criar um conceito que o Sistema Único de Saúde brasileiro tenha o melhor padrão de atendimento à população”, declarou Torelly.

PROADI
O programa contribui para o desenvolvimento institucional do SUS por meio de intervenções tecnológicas, gerenciais e capacitação profissional. Os projetos aprovados no PROADI são executados pelas entidades de saúde de referência assistencial, que são: Hospital Moinhos de Vento (RS), Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), Hospital do Coração (SP), Hospital Israelita Albert Eisntein (SP), Hospital Samaritano (SP) e Hospital Sírio Libanês (SP).

Entre as autoridades presentes, compareceram ao ato o ministro da Saúde, Arthur Chioto, o governador Tarso Genro, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, secretários de estado, deputados estaduais e federais , vereadores de Porto Alegre

 


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