Política
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19 de agosto de 2014
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23:38

Vieira da Cunha diz no RBS Notícias que entrará na Justiça para negociar dívida do Estado

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Por Ramiro Furquim/Sul21
Vieira foi o segundo candidato “sabatinado” pelo programa da RBSTV|Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Ana Ávila

O candidato do PDT ao governo do Rio Grande do Sul, Vieira da Cunha, prometeu em entrevista na noite desta terça-feira (19) fazer “o possível e o impossível para pagar o piso nacional do magistério” aos professores. Ele também afirmou que, se eleito, entrará na Justiça para negociar a dívida do Estado com a União. Vieira da Cunha foi entrevistado na bancada do RBS Notícias, que, esta semana, ouve os postulantes ao governo estadual.

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Dívida

Questionado sobre a melhor forma de lidar com a dívida milionária do Rio Grande do Sul com a União, Vieira da Cunha garantiu que estrará na Justiça em busca de melhor negociação. “Não é preciso ser especialista em finanças públicas para perceber que algo está errado. Vou entrar na Justiça, como fiz quando fui presidente da CEEE”. Segundo o candidato, a dívida se tornou uma bola de neve, que deve ser contestada judicialmente. “A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já fez isso, entrou na Justiça com uma ação civil pública, coisa que o Estado deveria ter feito. Não só não fez, como lavou as mãos, porque quando foi intimado para saber se contestava ou se aderia ao pólo ativo, fez como Pôncio Pilatos, lavou as mãos, nem contestou, nem ingressou no pólo ativo e deixou a OAB lutando sozinha pelos interesses da sociedade gaúcha”.

Inquirido sobre como faria até a decisão judicial, normalmente lenta, Vieira da Cunha respondeu: “Até lá, vai continuar como está. O que nós podemos tentar é uma medida cautelar para que nós possamos pelo menos reduzir esse percentual de comprometimento absurdo. Nós estamos comprometendo 13% da nossa receita corrente líquida só no pagamento da dívida com a União”, disse.

Por Ramiro Furquim/Sul21
Candidato pedetista defendeu a aplicação de licitação transparente para celebrar parcerias público privadas nas estradas|Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Infraestrutura

O candidato do PDT defendeu a boa convivência entre empresas públicas e privadas, por exemplo, na manutenção das estradas gaúchas. “Entendo que, perfeitamente, podem conviver o Daer, a EGR, que é uma empresa pública, e concessionárias privadas. Nós vamos fazer licitações para conceder rodovias, mas com transparência  e com modicidade tarifária”.

De acordo com o candidato, há no Rio Grande do Sul uma grande rejeição aos pedágios em função da maneira como foram implantados no governo de Antônio Britto. “Nós vamos ter um modelo de licitação transparente, em que a população pague um preço justo e possa trafegar em estradas com boas condições, diminuindo o número de feridos e de mortos nas nossas estradas”, afirmou.

Educação

Perguntado sobre como melhorar a educação no Estado, que não atingiu as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Ensino Médio e anos finais do Ensino Fundamental, o candidato garantiu que o tema “é a prioridade das prioridades”, de seu possível governo. Vieira da Cunha citou Leonel Brizola, líder trabalhista, que, segundo ele, costumava dizer “eu vou me inscrever no Guinness Book, porque eu duvido que um governador tenha construído tantas escolas quanto eu construí no Rio Grande do Sul”. O candidato prometeu ainda retomar as escolas de turno integral e fazer “o possível e o impossível para honrar a lei que determina o pagamento do piso nacional do magistério”.

Sobre de onde tirar dinheiro para cumprir com tais compromissos, Vieira da Cunha afirmou que tomará um conjunto de medidas, incluindo rever a relação federativa. “Nós não podemos continuar sendo sangrados pela União, porque, além do contrato da dívida, nós temos o problema da Lei Kandir. Foram R$ 27,5 bilhões de perdas do Estado do RS só com a Lei Kandir nos últimos dez anos. O fundo de participação dos Estados diminuiu a participação do RS para apenas 1,91%”. O candidato também prometeu conter despesas que não especificou e combater sonegadores e corruptos.


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