Geral
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18 de setembro de 2020
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14:09

Ato ‘Comunidades em Luta’ denuncia descaso com a periferia em Porto Alegre e Canoas

Por
Luís Gomes
luisgomes@sul21.com.br
Moradores da comunidade Vida Nova, na Restinga, participam do ato “Comunidades em Luta” nesta quinta | Foto: Divulgação

Da Redação

Moradores de seis comunidades periféricas de Porto Alegre e duas de Canoas participaram nesta quinta-feira (17) da mobilização “Comunidades em Luta” para denunciar a precarização da saúde em suas regiões, defender a manutenção do auxílio emergencial em R$ 600 e que as aulas presenciais na rede escolar só retornem após a aplicação de vacina contra a covid-19. Em Porto Alegre, ocorreram atos nas comunidades Lomba do Pinheiro, Cascata, Morro da Cruz, Vida Nova/Restinga, Morro da Polícia e Chácara dos Bombeiros/ Vila Vargas. Em Canoas, as comunidades João de Barro e Rio Branco realizaram atos.

Segundo os organizadores, há cerca de dois meses, as comunidades organizaram um primeiro ato para denunciar o descaso dos governos com as populações locais. Nesta quinta, voltaram às ruas se manifestando contra a situação precária do sistema de saúde e a urgência do cumprimento da Constituição Federal, que prevê destinação de 15% da arrecadação para o Sistema Único de Saúde. Os manifestantes também expressaram contrariedade com a retomada das aulas presenciais sem uma vacina contra a covid-19 e com a redução do auxílio emergencial e aumento no preço dos alimentos.

Moradores da Rio Branco, de Canoas, produziram cartazes contra a precarização da saúde | Foto: Divulgação

Na Lomba do Pinheiro, a comunidade da Escola Estadual Pedro Pereira se manifestou contra o fechamento da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na instituição. A professora Maria Fernanda denunciou que o governador Eduardo Leite está aproveitando o momento para de pandemia fechar a EJA, enquanto ainda haveria demanda de vagas e lista de espera.

Na Cascata, a comunidade cobrou a reabertura do hospital Parque Belém. No Morro da Polícia, moradores denunciaram que não há encanamento para água e o caminhão pipa traz água uma vez por semana para a comunidade. Em Canoas, moradores da comunidade João de Barro relataram que estão aguardando há dois anos a autorização para fazer exames e que não conseguem realizar consultas para garantir a continuidade do tratamento.

Os organizadores dizem que os manifestantes respeitaram o distanciamento durante os atos, que foram realizados diante de postos de saúde e espaços públicos, contando com a presença de professoras, agentes de saúde, lideranças religiosas de matriz africana, integrantes de diversos movimentos sociais e sindicais.

Moradores da Cascata participam de ato | Foto: Divulgação
Moradores da Lomba do Pinheiro cobram a qualificação das políticas públicas | Foto: Divulgação

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