A deputada estadual Luciana Genro, líder da Bancada do PSOL na Assembleia Legislativa, enviou ao Ministério Público Federal (MPF) uma notícia de fato solicitando que o órgão apure se a presidente da Câmara Municipal de Não-Me-Toque, vereadora Francieli Schwingel de Carvalho (PL), cometeu crimes de apologia, incentivo e participação em atos antidemocráticos.
A denúncia informa que, durante os atos golpistas de 8 de janeiro, a vereadora teria feito postagens nos stories de seu Instagram em apoio aos criminosos e que, inclusive, manifestou o desejo de participar dos atos.
A denúncia é baseada em relatos e prints das postagens. Luciana foi procuradora por moradores de Não-Me-Toque, que denunciaram pelas redes sociais a postura da presidente da Câmara.
Para Luciana Genro, a conduta de Francieli “extrapola os limites da mera liberdade de expressão e de manifestação”.
A deputada pede que o MPF investigue a vereadora com base na ocorrência, em tese, “de apologia e incentivo a crime e de participação de organização criminosa”.
“É muito grave que uma parlamentar que preside o Poder Legislativo em sua cidade apoie e incentive atos antidemocráticos contra o resultado das eleições e pela defesa de um golpe de estado. A conduta dessa vereadora precisa ser investigada e, se o MPF comprovar a prática de crimes contra a democracia, ela precisa ser julgada e punida”, diz a deputada.