Ao contrário do que fez no segundo turno em 2018, quando declarou voto no então candidato à presidência Jair Bolsonaro, Eduardo Leite (PSDB) não deverá fazer o mesmo nas eleições deste ano. Ao menos é o que deu a entender Caio Tomazelli, coordenador da campanha de Leite, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
“A campanha vem se esforçando para criar desde já uma base de centro democrático, algo que nos permita caminhar com nossas próprias pernas, sem precisar se alinhar com um lado ou com o outro, mesmo no segundo turno. Essa é uma premissa estratégica da nossa campanha”, disse ele.
Pesquisas de intenção de voto de diferentes institutos apontam Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderando a disputa à presidência da República, com Jair Bolsonaro (PL) em segundo lugar. Os levantamentos mostram Lula um pouco abaixo dos 50% dos votos válidos necessários para vencer no 1º turno, cenário que ainda pode mudar na reta final da campanha. Nos últimos dias, o petista e aliados têm articulado um movimento de voto útil para atrair eleitores de outros candidatos e ganhar a eleição sem precisar disputar o 2º turno.
Por sua vez, no Rio Grande do Sul, pesquisa do Instituto Ipec publicada na última sexta-feira (16), aponta que o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) mantém a liderança da disputa pelo governo com 38% das intenções de voto, o mesmo percentual da pesquisa anterior do instituto e divulgada em 2 de setembro.
Na segunda colocação, Onyx Lorenzoni (PL) oscilou positivamente para 26% — tinha 24% na pesquisa anterior. Já Edegar Pretto (PT) oscilou positivamente um ponto, indo de 9% para 10%. Na quarta colocação, Luiza Carlos Heinze (PP) aparece com 4%. Vieira da Cunha (PDT) e Argenta (PSC) têm 2%. Rejane de Oliveira (PSTU), Ricardo Jobim (Novo), Vicente Bogo (PSB) e Carlos Messalla (PCB) têm 1%. Brancos e nulos somam 5% e outros 9% disseram não saber.
Levando em contra apenas votos válidos, Leite tem 45%. No principal cenário de segundo turno, Leite tem 49% contra 35% de Onyx.
