A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou na última terça-feira (28) que o Ministério da Saúde encerrou oficialmente o financiamento de 479 leitos adultos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltados para o tratamento da covid-19 em hospitais do Rio Grande do Sul. Com a medida, os leitos foram retirados dos painéis de monitoramento da SES.
Em razão da pandemia de covid-19, o Ministério da Saúde abriu em caráter emergencial cerca de 1,5 mil novos leitos de UTI no Estado. Desses, 366 foram convertidos em leitos de UTI geral e continuarão a ser custeados pelo Sistema Único de Saúde.
O Ministério da Saúde pretendia encerrar o financiamento dos leitos emergenciais ao final do ano passado, mas estendeu por mais meses em razão do avanço da variante Ômicron pelo Brasil. Após uma redução gradativa nos últimos meses, 479 ainda permaneciam voltados exclusivamente para o tratamento da covid-19 e agora passam a não ficar mais disponíveis para a rede pública de saúde no RS.
“O custeio deste tipo de leito é de responsabilidade do Ministério da Saúde. Apesar do encerramento, o número de leitos que continuarão em atividade é considerado suficiente para atender a demanda da população gaúcha. De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde, que é de ao menos um leito para cada 10 mil habitantes”, diz a SES em nota.
Ao todo, a rede pública de saúde no RS passa a ter agora 1.299 leitos de UTI geral (contabilizando os 366 convertidos da covid-19). A rede privada contabiliza outros 725, totalizando 2.024.
Nesta quinta-feira (30), o painel coronavírus da SES informa que 1.826 pacientes estão atualmente internados em leitos de UTI no RS, representando 90,9% de taxa de ocupação.
Também nesta quinta, a Prefeitura de Porto Alegre informou que está abrindo 66 novos leitos clínicos para internação de pacientes adultos pelo SUS, 46 deles na Santa Casa de Misericórdia e 20 no Hospital São Lucas da PUCRS. A Prefeitura informa que outros 30 leitos devem ser abrtos no São Lucas na próxima semana.
A Prefeitura diz que os leitos são financiados com recursos do município e que tem objetivo de atender a demanda gerada pelo aumento da circulação de doenças respiratórias na Capital, o que provoca sobrecarga nos serviços de saúde, especialmente nos quatro pronto atendimentos. Na manhã desta quinta, o painel de monitoramento das UTIs de Porto Alegre informava que a taxa de ocupação geral de pacientes adultos era de 144%.
