Os servidores da Prefeitura de Porto Alegre decidiram apresentar uma contraproposta de reposição salarial após rejeitarem o reajuste de 10,06% de salário e de vale-alimentação apresentado pelo governo de Sebastião Melo (MDB). Os municipários querem o pagamento da inflação do período de data-base da administração atual, de maio de 2020 até abril de 2022, que, segundo os servidores, soma 19,53%.
A contraproposta prevê o pagamento imediato dos 10,06% oferecidos pela Prefeitura, com parcela de 4% em abril e 6,06% em maio, e os 9,47% restantes divididos nos meses de agosto e novembro. A proposta do governo Melo é pagar 10,06% em quatro parcelas de 2,5% (abril de 2022); 2,40% (agosto de 2022); 2,30% (novembro de 2022) e o saldo em janeiro de 2023.
Reunidos na noite dessa quarta-feira (13), no auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa, os municipários ainda decidiram exigir o reconhecimento das perdas inflacionárias do governo anterior, de Nelson Marchezan Júnior (PSDB), de maio de 2016 a abril de 2020, que somam 14,94%, com cronograma de pagamento nos salários e no vale-alimentação, além da reposição de 19,53% no vale-alimentação.
A categoria ainda cobra o pagamento das progressões do biênio 2012/2014 em 60 meses, com início de pagamento regular no próximo mês de julho, e a atualização anual dos valores pelo índice da inflação utilizado para a reposição salarial. A prefeitura propõe pagar em 100 parcelas.
Por fim, os municipários também aprovaram um calendário para a realização das progressões atrasadas dos biênios 2016/2018; 2018/2020; e 2020/2022.
A direção do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) encaminhará ofício ao governo informando as deliberações da assembleia. Uma nova reunião da comissão de negociação está marcada para o próximo dia 19 de abril. No mesmo dia está previsto um ato em frente ao Paço Municipal.