Educação
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10 de março de 2022
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20:42

UFRGS se compromete a buscar prédio para construir a Casa do Estudante Indígena

Por
Sul 21
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Reunião na UFRGS ocorreu após problema vir à tona no último domingo (6). Foto: Alass Derivas/@derivajornalismo
Reunião na UFRGS ocorreu após problema vir à tona no último domingo (6). Foto: Alass Derivas/@derivajornalismo

Estudantes indígenas estiveram no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), nesta quinta-feira (10), reunidos com a vice-reitora da instituição, Patricia Helena Pranke, para reafirmar a demanda da construção de uma Casa do Estudante Indígena.

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Desde o último domingo (6), estudantes indígenas ocuparam um prédio abandonado próximo à universidade para chamar a atenção sobre as difíceis condições por eles enfrentada na atual Casa do Estudante Universitário, sofrendo com preconceitos e com a dificuldade de assimilação de sua cultura pelos outros alunos.

O encontro desta quinta-feira (10) durou cerca de 1h e, na prática, encaminhou acordo para nova reunião nesta sexta-feira (11), às 15h, com a vice-reitora e o procurador do Município de Porto Alegre, com o objetivo de tomarem conhecimento dos imóveis que a Prefeitura está disposta a oferecer para a construção da Casa do Estudante Indígena. A vice-reitora também se comprometeu a repassar a demanda, na próxima segunda-feira (14), para o reitor da UFRGS, Carlos Bulhões.

Ainda na manhã desta sexta, um engenheiro da Prefeitura deverá visitar o prédio que está sendo ocupado, próximo ao túnel do Viaduto Conceição, para elaborar um laudo técnico sobre as condições do local. Arquitetos chamados pelos indígenas devem acompanhar a visita.

Há o entendimento que dificilmente a Prefeitura irá ceder o atual prédio ocupado, porém, o próprio governo municipal disponibilizou uma lista de possíveis imóveis que poderiam abrigar a futura Casa do Estudante Indígena. Os imóveis estão sendo analisados pelos indígenas.

O prédio ocupado pelos estudantes indígenas é de propriedade da Prefeitura de Porto Alegre e abrigou no passado a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio de Porto Alegre. Posteriormente, foi cedido para a UFRGS para abrigar um polo de tecnologia, mantendo ainda em sua estrutura uma placa que diz “Rua da Inovação”.

Atualmente, está completamente degradado, sem portas, com as janelas quebradas, laterais pichadas e em condições insalubres. Ainda assim, logo após a ocupação, agentes da Polícia Federal e da Guarda Municipal estiveram no local para remover os estudantes. Após um acordo, o grupo conseguiu o direito de permanecer ocupando um espaço no primeiro andar do imóvel.


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