A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25) novos reajustes nos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias. A partir desta terça-feira (26), a gasolina subirá 7,04% – alta acumulada de 73,4% este ano -, e o diesel será reajustado em 9,15%, alta acumulada de 65,3% em 2021.
Com o novo reajuste da gasolina, anunciado 16 dias após a última alta de 7,2%, o preço médio do litro da gasolina nas distribuidoras passará de R$ 2,98 para R$ 3,19.
Já o litro do óleo diesel, reajustado pela última vez em 29 de setembro, passará de R$ 3,06 para R$ 3,34.
A estatal explicou que os aumentos refletem a elevação das cotações internacionais do petróleo e da taxa de câmbio. Esses índices compõem a Política de Preço de Paridade Internacional (PPI), adotada pela Petrobras em 2016, no governo Michel Temer (MDB-SP) e mantida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que completa cinco anos este mês.
Desde que a PPI foi adotada, toda vez que os preços do barril de petróleo e do dólar sobem, a estatal reajusta os preços dos combustíveis no Brasil, inclusive do gás de cozinha, que também subiu 7,2% este mês elevando o preço do botijão de 13 quilos para até R$ 135.
Antes do reajuste de hoje, os caminhoneiros já haviam prometido entrar em greve a partir de 1º de novembro se, entre outras coisas, o governo não mudasse a política de preços. O novo aumento deve fortalecer a mobilização.
Na semana passada, os caminhoneiros detonaram a bolsa diesel de R$ 400 reais anunciada por Bolsonaro como forma de compensar o aumento do diesel cujos preços subiram 37,5% até agosto deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do diesel nos postos brasileiros chegou na semana passada a R$ 4,983 por litro – o menor preço foi encontrado no Rio Grande do Sul, R$ 4,823; e o maior no Acre, R$ 6,208.
O preço médio da gasolina no país chegou a R$ 6,361 por litro, mas em pelo menos oito estados, o combustível já é vendido por mais de R$ 7 o litro.
*Com informações da CUT