A TVE e a rádio FM Cultura prepararam uma programação especial para marcar a passagem dos 60 anos do Movimento da Legalidade. A equipe de reportagem da TVE buscou arquivos de imagens documentais e as vozes daqueles que participaram desse movimento de resistência em defesa da democracia. Em 1961, após a renúncia do presidente Jânio Quadros, os ministros militares preparavam um golpe à Constituição para impedir a posse do gaúcho João Goulart, vice-presidente eleito. O governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, iniciou naquele instante a articulação política, que teve a adesão em massa da população, pela chamada Legalidade, para garantir a posse de Jango.
Os conteúdos sobre os 60 anos da Legalidade, em diferentes formatos, começaram a ser exibidos no dia 10 de agosto. Ao todo, são cerca de vinte drops e mini-docs, veiculados nos intervalos da programação. Matérias que relatam acontecimentos – como, por exemplo, a função do rádio na rede da Legalidade, que reuniu em cadeia mais de cem emissoras do país, ou a história da insubordinação dos oficiais que evitou o bombardeio do Palácio Piratini – e, também os relatos pessoais de personagens e sua participação no período da Legalidade, entre outras curiosidades. Confira abaixo o episódio sobre a ameaça de bombardeio do Palácio Piratini:
A partir do dia 23 de agosto, no programa Redação TVE, às 18h30, de segunda a quarta-feira, será exibida uma série de três matérias conta a cronologia da Legalidade: da renúncia de Jânio, passando pelos dias da resistência, a volta de Jango e sua passagem por Porto Alegre, até a posse como presidente, pelo regime parlamentarista, em Brasília. No dia 25 de agosto, data da renúncia de Jânio Quadros e início do movimento da Legalidade em 1961, a TVE exibe, a partir das 23h30, um programa de estúdio (reprise no sábado, 28, às 13h).
No sábado, dia 28 de agosto, às 22 horas, a TVE exibe o filme “Legalidade” (2019), de Zeca Brito. A produção que alia personagens reais, reconstituição de cenas e imagens documentais, tem Leonardo Machado, ator que morreu em 2018, como Brizola. Na parte ficcional da trama, as personagens de Cleo (que abandonou o sobrenome Pires na carreira artística), Fernando Alves Pinto e José Henrique Ligabue vivem um romance no cenário da Legalidade. Na abertura da sessão de cinema, o diretor Zeca Brito fala em entrevista direto do Palácio Piratini, principal locação do filme, – que completa o centenário de sua ocupação neste ano –contando dos bastidores e detalhes da produção.
A repórter Simone Feltes, a jornalista Daniela Candia Bonamigo, a coordenadora de jornalismo, Hilda Haubert e o coordenador da FM Cultura, Cléber Grabauska, estão à frente do projeto.
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