Desde sexta-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro está em Chapecó (SC), onde promove mais uma motociata neste sábado (26). O passeio de moto com apoiadores, já realizado em outras cidades brasileiras, se dá no momento em que o país ultrapassa 510 mil mortes pelo coronavírus, tendo vacinado menos de 12% da população com as duas doses contra a doença.
Na noite de sexta, enquanto Bolsonaro palestrava a empresários no Centro de Eventos da cidade, militantes de movimentos sociais e partidos de esquerda fizeram um ato em homenagem às vidas perdidas na pandemia a poucas quadras do local. Já nesta manhã, vários municípios de Santa Catarina têm manifestações pedindo o impeachment do presidente.
Hoje é Dia Estadual por #ForaBolsonaro em SC. Em Jaraguá do Sul acontece ato na manhã deste sábado pelo fim do gov Bolsonaro, vacina pra todos já e auxílio emergencial de R$ 600. (Foto: Sérgio Homrich) pic.twitter.com/8DN2FZLut1
— Marco Weissheimer (@maweissheimer) June 26, 2021
Em Chapecó, na garupa de Bolsonaro, circula de moto pela cidade o prefeito João Rodrigues (PSD), apoiador convicto do presidente. O município catarinense é um dos que adota o uso do chamado “tratamento precoce” contra a covid-19, distribuindo um coquetel de remédios não recomendado para a doença e que, em alguns casos, pode comprovadamente provocar outros problemas de saúde, sendo contraindicado por entidades como Organização Mundial da Saúde (OMS) e Anvisa.
Na noite de sexta, depois do evento com empresários, Bolsonaro jantou com apoiadores em uma pizzaria da cidade. No mesmo momento, na CPI da Covid, em Brasília, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) confirmava que Bolsonaro citou o nome do deputado Ricardo Barros (PP-PR) como suspeito de ser o mentor por trás das supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin. Após a reunião, o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que vai propor à comissão que comunique ao STF o cometimento de crime de prevaricação pelo presidente.